Decidiu o Procurador Geral da República não denunciar ninguém junto ao Supremo Tribunal Federal, mas apenas pedir a abertura de inquérito para os suspeitos de envolvimento no escândalo da Petrobras que são parlamentares. Os que já foram e não são mais serão julgados pelo juiz Sérgio Moro, na primeira instância da justiça Federal do Paraná.
Aguarda-se para a próxima semana a iniciativa de Rodrigo
Janot, bem como a imediata resposta do relator dos processos, ministro Teori
Savaski, da mais alta corte nacional de justiça, determinando a abertura dos
inquéritos.
Antes, havia deputados e senadores à beira de um ataque de
nervos. Agora, muitos já se encontram em tratamento, certos de integrar a lista
do Procurador. Não dá para relacionar quais, menos para evitar acusações
falsas, mais por conta da possibilidade de omissões.
Prevê-se julgamentos demorados, abrindo-se a cada um dos
participantes da lista amplo direito de defesa. Haverá investigação
particularizada em cada caso. Os parlamentares continuarão desempenhando suas
funções, mas será difícil atuarem como se nada tivesse acontecido. Não foi
apreciada, até hoje, a emenda constitucional de autoria do ex-senador e agora
deputado Jarbas Vasconcelos, que determina a imediata perda de mandato para
quem tiver sido condenado pelo Supremo. Sendo assim, os possíveis sentenciados
a penas de prisão, se não renunciarem, passarão pelos Conselhos de Ética e,
depois, pela votação em plenário. Estará em aberto a esdrúxula situação de um
deles ter sua prisão decretada pelo Supremo mas continuar deputado ou senador,
ainda que sem poder exercer o mandato na cadeia.
Em suma, jamais o último capítulo, mas certamente um dos
mais emocionantes dessa novela de horror estará sendo encenado a partir,
provavelmente, da terça-feira. Quanto às ameaças à integridade física de
Rodrigo Janot, haverá que aguardar as diligências da Polícia Federal, mesmo
parecendo impossível terem partido de algum parlamentar.
MELHOR ABRIR O LEQUE
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