domingo, 1 de março de 2015

UM CAPÍTULO EMOCIONANTE

Carlos Chagas

Decidiu o Procurador Geral da República não denunciar ninguém junto ao Supremo Tribunal Federal, mas apenas pedir a abertura de inquérito para os suspeitos de envolvimento no escândalo da Petrobras que são parlamentares. Os que já foram e não são mais serão julgados pelo juiz Sérgio Moro, na primeira instância da justiça Federal do Paraná.

Aguarda-se para a próxima semana a iniciativa de Rodrigo Janot, bem como a imediata resposta do relator dos processos, ministro Teori Savaski, da mais alta corte nacional de justiça, determinando a abertura dos inquéritos.

Antes, havia deputados e senadores à beira de um ataque de nervos. Agora, muitos já se encontram em tratamento, certos de integrar a lista do Procurador. Não dá para relacionar quais, menos para evitar acusações falsas, mais por conta da possibilidade de omissões.

Prevê-se julgamentos demorados, abrindo-se a cada um dos participantes da lista amplo direito de defesa. Haverá investigação particularizada em cada caso. Os parlamentares continuarão desempenhando suas funções, mas será difícil atuarem como se nada tivesse acontecido. Não foi apreciada, até hoje, a emenda constitucional de autoria do ex-senador e agora deputado Jarbas Vasconcelos, que determina a imediata perda de mandato para quem tiver sido condenado pelo Supremo. Sendo assim, os possíveis sentenciados a penas de prisão, se não renunciarem, passarão pelos Conselhos de Ética e, depois, pela votação em plenário. Estará em aberto a esdrúxula situação de um deles ter sua prisão decretada pelo Supremo mas continuar deputado ou senador, ainda que sem poder exercer o mandato na cadeia.

Em suma, jamais o último capítulo, mas certamente um dos mais emocionantes dessa novela de horror estará sendo encenado a partir, provavelmente, da terça-feira. Quanto às ameaças à integridade física de Rodrigo Janot, haverá que aguardar as diligências da Polícia Federal, mesmo parecendo impossível terem partido de algum parlamentar.

MELHOR ABRIR O LEQUE

A Câmara dos Deputados recusou seguir o exemplo do Senado, que designou uma comissão de senadores para viajarem à Venezuela, examinando supostas lesões aos direitos humanos. 

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