Artigo do Governador: Cuidar da saúde das crianças
24 de maio de 2015
Com muito esforço e coragem, estamos corrigindo erros do
passado na gestão da saúde. A verdade é que, durante os últimos anos, os
princípios e leis que regem o Sistema Único de Saúde foram abandonados para
favorecimento de interesses privados dos poderosos e dos seus amigos. Isso pode
ser demonstrado por uma série de exemplos: perseguição a municípios; desperdício
de dinheiro em obras inexplicáveis e superfaturadas; fraudes em voos de
helicópteros que deveriam estar servindo aos pacientes, entre muitos outros
absurdos.
A correção de rumos que estamos fazendo pode ser ilustrada
pela prioridade que estamos dando a problemas emergenciais antes esquecidos,
como a radioterapia dos pacientes com câncer na região tocantina ou a
assistência aos maranhenses que ainda precisam ir a Teresina. Do mesmo modo,
quero destacar a nossa luta, com o decisivo engajamento da bancada federal do
Maranhão, para minimizar o subfinanciamento do nosso sistema de saúde.
Na nossa meta de combater as injustiças que se acentuaram ao
longo de décadas no Estado, o tratamento igualitário e o fim das “portas
fechadas” para atendimento de pacientes de certos municípios são premissas
pelos quais prezamos diariamente. Agora, não existem mais “pacientes do
município” ou “pacientes do Estado” porque todo e qualquer maranhense que
necessite está tendo atenção do Estado, no limite da legalidade e dos recursos
financeiros disponíveis.
Neste conjunto de mudanças na saúde, quero destacar o foco
que estamos garantindo às questões atinentes às crianças. Decidimos ajudar a
prefeitura de São Luís com R$ 10 milhões para ampliação e reforma do Hospital
da Criança, com a meta de termos tudo concluído em 10 meses. A este recurso,
serão somadas parcelas do Governo Federal e da própria prefeitura, numa prova
de que a parceria é o melhor caminho para que mais ações positivas possam
ocorrer.
No leste maranhense, em Timon, visitei as obras do Hospital
Alarico Pacheco, que estavam paralisadas por omissões como a ausência de
projetos e licenças. Já corrigimos esses problemas e as obras estão avançando.
Determinei prioridade aos leitos de UTI, inclusive UTI Infantil, para que as
crianças possam ter mais cuidados. Ainda em Timon, autorizei o repasse de
recursos para a conclusão da maternidade do Parque Alvorada, para melhorar o
atendimento das mães e dos seus bebês.
Já em Caxias, colocamos fim ao disparate de uma cidade
inteira ser perseguida pelo delírio ditatorial reinante no passado. Com investimentos de R$ 9
milhões, a Maternidade Carmosina Coutinho, que serve a Caxias e a dezenas de
municípios, pode agora contratar mais médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e
reequipar a unidade. Ao mesmo tempo, o Governo do Estado está auxiliando na
capacitação das equipes que lá trabalham na pediatria.
Em médio prazo, a cidade de Alto Alegre será uma referência
forte no Centro Maranhense para o tratamento pediátrico, com Hospital Materno
Infantil de Risco Habitual, que contará com uma Unidade de Cuidado
Intermediário Neonatal Convencional (UCINCo) e Unidade de Cuidado Intermediário
Neonatal Canguru (UCINCa), seguindo as diretrizes do Sistema Único de Saúde.
E muito mais será feito, pois temos compromisso verdadeiro
com as crianças, com suas famílias e com as leis que regem o atendimento
público de Saúde no Brasil. Por isso, já pudemos apresentar novos investimentos
que vão contribuir para diminuir o caos instalado no setor. Só lamentamos que
uma obscena dívida de R$ 180 milhões na saúde, que herdamos do governo passado,
tenha impedido ainda mais medidas concretas.
Demos muitos passos em poucos meses para enfrentar essa
vergonha de termos uma mortalidade infantil que é o dobro da média nacional.
Não fechamos os olhos para a realidade porque temos ciência do tamanho do
desafio à nossa frente, que é tão gigantesco e belo como a vida de uma única
criança. Lutamos para que, até o final do nosso governo, todas as crianças
possam se sentir melhor cuidadas. Meu coração pertence a essa causa.
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