“Episódios apontados hoje são os mais graves já apresentados
pela Lava Jato”, afirma Aécio Neves
O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, declarou
nesta segunda-feira (22) que o envolvimento do publicitário João Santana na
nova fase da Operação Lava Jato deflagrada hoje vincula dinheiro de propina à
campanha da presidente Dilma Rousseff em 2014. O tucano disse ainda que o PSDB
deve solicitar a inclusão dessas novas informações ao processo encaminhado ao Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) que pede a cassação da chapa composta pela presidente
Dilma e por seu vice, Michel Temer.
Santana foi o responsável pelas campanhas presidenciais do
PT em 2006 (Lula), 2010 e 2014 (ambas com Dilma) e trabalhou também para o partido
em outras ocasiões, como nas eleições municipais de São Paulo em 2012.
“Os episódios apontados hoje são os mais graves já
apresentados pela operação Lava Jato, porque vinculam o dinheiro da propina da
Petrobras através do operador Zwi Skornicki a pagamento feito à campanha
eleitoral da presidente Dilma, em 2014, no caso, via o seu marqueteiro”, disse
Aécio, em seu perfil no Facebook. “O PSDB está solicitando a juntada desses
documentos ao processo que caminha no TSE”, destacou o presidente nacional do
PSDB.
“Agora, vemos que o péssimo exemplo de desrespeito à verdade
e aos brasileiros, que a campanha da presidente Dilma havia dado, não foi o
único”, completou Aécio Neves.
Na nova etapa da operação Lava Jato, denominada “Acarajé”
[apelido dado a dinheiro de propina], o Ministério Público Federal e a Polícia
Federal descobriram transferências de US$ 7,5 milhões de investigados da Lava
Jato para a conta da offshore Shellbill Finance S.A., empresa controlada por
Santana e sua esposa e sócia, Mônica Moura. Desse montante, US$ 3 milhões
teriam sido pagos por meio de contas atribuídas à Odebrecht no exterior.
Para a Procuradoria, “pesam indicativos de que consiste em
propina oriunda da Petrobras transferida aos publicitários em benefício do PT”.
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