Jersan Araújo
Dilma Rousseff tentou de todas as formas impedir o
impeachment e o seu conseqüente afastamento do cargo de presidente da
República, na última quinta-feira (12), resultado de uma sessão que começou no
dia anterior, no Senado Federal. Primeiro com o ato esdrúxulo do presidente em
exercício da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão que, depois, pressionado
pela Mesa Diretora da Casa e por líderes da oposição, revogou o próprio ato numa
demonstração de que, na verdade, não sabe o que faz e nem a quem, realmente
deve obedecer. Envergonhou os seus eleitores.
Não se dando por vencida a presidente ingressou na
justiça com um Mandado de Segurança, com pedido de liminar, solicitando a
anulação do processo. Perdeu! A sessão, finalmente teve início no Senado por
volta das 12 horas de quarta-feira e o resultado foi oficialmente anunciado
pelo presidente Renan Calheiros às 6h30ms de quinta-feira. Dilma deixou as
dependências do Palácio do Planalto, estrebuchando por volta do meio dia.
A partir daí a festa foi de Michel Temer que, como vice
foi convocado a assumir o comando de um país esfacelado, desacreditado com
todos os índices em queda (PIB, serviços, comércio, indústria, consumo,
emprego, poder de compra das famílias, confiança dos investidores, enfim,
catástrofe anunciada). No mesmo dia empossou o secretariado.
Sem o necessário
apoio popular e no Congresso Nacional (na Câmara foi derrotada por 367 votos a
137 e no Senado por 55 a 22), Dilma perdeu as condições de governar. Apenas o
nanico PCdoB e o PT reagiram. Tomados pelo ódio e pelo rancor reagiram e
prometem continuar a luta contra ao que chamam de GOLPE. Entendem que a
democracia e a Constituição foram desrespeitadas. E a maioria da população que
apoiou a destituição da presidente, não é considerada?
OS TRAIDORES (?)
A revolta e o desrespeito às decisões das maiorias estão
patenteados em “outdoor” espalhados em São Luís, colocando os parlamentares
maranhenses que votaram pelo impeachment como traidores da democracia. Quem não
aceita a derrota imposta pelas maiorias, de acordo com a vontade popular, seria
democrata ou ditador? Quem se manifestou, talvez, não seja uma autoridade
isenta e respeitável para denunciar o governador Flávio Dino, de ter fretado
aviões no valor de R$ 3 milhões para que pudesse, em pleno horário de
expediente, ir a Brasília tentar pressionar deputados para votarem contra o
Impeachment. A denúncia foi feita pelo deputado Hildon Rocha (PMDB-MA), da
tribuna da Câmara, na sessão de terça-feira (10). O governador, pelo que se
sabe, não desmentiu o deputado.
MAIS DENÚNCIAS
No mesmo pronunciamento o deputado peemedebista
maranhense aproveitou a oportunidade para denunciar o governador de abandonar a
Educação, a Saúde que, na visão dele, carecem de atenção e as rodovias
estaduais e federais que cortam o Maranhão que se encontram em estado
deplorável. Rocha condenou a postura do governador Flávio Dino, justificando o
seu empenho em defesa de Dilma como prioridade, em detrimento dos assuntos de
interesse do estado que governa.
PAIXÃO POLÍTICA
A luta política é contagiante e deve ser exercida com
civilidade e prudência. A paixão exagerada pode ser contida para não
ultrapassar os limites do bom senso. Lutar respeitando as decisões tomadas,
principalmente por correligionários, seria o melhor caminho. Agredir por
divergência de posições, isto sim, não pode ser entendido como atitude
democrática. É pretender “liderar” empunhando o chicote. Ninguém está acima da
Lei e a presidente Dilma Rousseff teve e terá toda a oportunidade de provar a
sua inocência, que não infringiu as leis, que não cometeu crime de
responsabilidade. Dizer, apenas que é honesta não significa prova de inocência.
OPORTUNIDADE DE TEMER
O vice-presidente Michel Temer, no exercício da
Presidência da República, terá até 180 dias para mostrar e provar que esse país
tem jeito e que é possível atender as aspirações nacionais, contendo a
corrupção que há décadas corre solta, o desemprego e os desmandos, dando asas a
projetos capazes de tirar o Brasil do buraco em que o governo do PT o colocou.
Oportunizar investimentos, restituindo a credibilidade e a esperança. Por que
não acreditar nessa possibilidade? Por simples capricho? Por birra? Por raiva
contra aqueles que pensam e agem diferente?
SARNEY NA ÁREA
Em todos os jornais que atuamos nos últimos 45 anos, nos
posicionamos contra atos, atitudes e posições políticas do senador José Sarney.
Em determinada época fui considerado inimigo da família. Sentia-me adversário
(mesmo admitindo a pouca importância da posição solitária) persistir e até hoje
mantenho o mesmo pensamento. Mas isso não me impede de dizer, hoje, que o
cacique do Maranhão e do Amapá ainda detém certa influência na República. Tanto
é verdade que acaba de emplacar o filho Zequinha no ministério do Meio
Ambiente. “Sarney está na área” – diz entusiasmado um velho correligionário que
lamenta não haver mais tempo para, politicamente, ele voltar a atuar e
completa: “o filho quis Sarney o atendeu.”
ENTUSIASMO DE FÁBIO
O vereador Fábio Câmara está entusiasmado com o apoio da
ex-governadora Roseana Sarney à sua candidatura a prefeito de São Luís. Tem a
resistência da deputada Tereza Murad, também, pré-candidata ao cargo pelo mesmo
PMDB. Quem vai ganhar essa “queda de braço”?
REGISTRO
Lamentando, registramos o falecimento da estimada
professora Ana Lúcia Loiola Maia ocorrida na última sexta-feira. A família mandará celebrar Missa de Sétimo
Dia na próxima quarta-feira (18), às 19 horas na Igreja de São João Batista –
Vinhais Velho e agradecem, antecipadamente, a quem participar deste ato de Fé
Cristã.
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