A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou à Justiça
nesta sexta-feira, 6, o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), por
corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele é acusado de receber propina para
favorecer a montadora CAOA no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior (MDIC), pasta que ele comandou de 2011 a 2014.
O caso foi investigado na Operação Acrônimo. Conforme o
inquérito, entre 2013 e 2014, a CAOA pagou R$ 2,1 milhões a duas empresas de
Benedito Oliveira Neto, o Bené, considerado operador de Pimentel. Conforme as
investigações, os valores foram "vantagens indevidas" para que o
empresário conseguisse, junto a Pimentel e Mauro Borges, sucessor do petista no
ministério, a edição de portarias do Programa Inovar Auto, que concederam
incentivos fiscais à montadora.
Pimentel, Borges e a CAOA negam envolvimento em
irregularidades.
A PF sustenta que as empresas de Bené, supostamente de
fachada, não prestaram efetivamente serviços à CAOA, mas apenas foram usadas
para emitir notas fiscais frias à montadora, o que é considerado lavagem de
dinheiro, e ofertar propina aos envolvidos no esquema. Pimentel e sua mulher,
Carolina Oliveira, teriam recebido "vantagens indevidas" de Bené,
incluindo hospedagem num resort de luxo na Bahia, viagens de jatinho e aluguéis
de carros.
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