O Supremo Tribunal Federal negou por unanimidade os recursos
do presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Réu na Operação Lava Jato por corrupção passiva e lavagem de
dinheiro, o parlamentar tentava reverter a decisão da corte de aceitar a
denúncia contra ele.
A defesa de Cunha alegava “obscuridade” na decisão do
Supremo e dizia que havia contradições na denúncia enviada pela
Procuradoria-Geral da República.
A Corte, entretanto, rechaçou os argumentos. Os ministros
entenderam que o deputado pressionou o lobista Julio Camargo, um dos delatores
da Lava Jato, para receber US$ 5 milhões de propina em contatos da compra de
navios-sonda.
Na decisão, o relator da Lava Jato no Supremo, ministro
Teori Zavascki, considerou o recurso um “mero inconformismo” do peemedebista em
aceitar a decisão da Corte.
No início do mês passado, o Supremo usou o fato de Cunha ser
réu e as manobras que ele orquestrava na presidência da Casa para afastá-lo do
mandato e consequentemente do comando da Câmara.
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