O ex-governador do Rio foi preso em seu apartamento no
Flamengo.
Garotinho será transferido para a PF de Campos dos
Goytacazes.
Do G1
O secretário de Governo de Campos e ex-governador do Rio
de Janeiro, Anthony Garotinho, foi preso por volta das 10h30 da manhã desta
quarta-feira (16), em seu apartamento no Flamengo, Zona Sul do Rio de Janeiro
por agentes da Polícia Federal de Campos dos Goytacazes.
O motivo é o desdobramento da Operação Chequinho, que
investiga o crime eleitoral de compra de votos nas eleições municipais de
outubro de 2016 em Campos. A operação prevê oito mandados de prisão temporária,
outros oito busca e apreensão e um de condução coercitiva. Ainda não há maiores
informações sobre a prisão do ex-governador, que teria saído de casa sem
algemas.
O mandado foi expedido pelo juiz Glaucenir Silva de
Oliveira, da 100º Zona Eleitoral de Campos. Segundo informações da Polícia
Federal o ex-governador do Rio de Janeiro foi preso em seu apartamento na
Senador Vergueiro, no bairro do Flamengo, levado para a sede da Polícia
Federal, na Zona Portuária, e deve, posteriormente, ser levado para Campos. A defesa de Garotinho afirmou que a prisão preventiva é
ilegal.
Operação Chequinho investiga esquema de compra de votos
A Operação "Chequinho" da Polícia Federal
investiga um esquema de compra de votos em troca do benefício nas eleições
deste ano em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. Em setembro, a PF
prendeu a secretária municipal de Desenvolvimento Humano e Social e a
coordenadora do Programa Cheque Cidadão em Campos dos Goytacazes. Segundo as
investigações, também foram presos eleitores, que tinham ligação com um
vereador que foi detido no último dia 29 de agosto suspeito de aliciamento de
eleitores para a compra de votos.
No dia 19 de outubro, dois vereadores foram presos em
Campos. Miguel Ribeiro Machado, o Miguelito, de 51 anos, Ozéias Martins, de 47,
foram presos em casa por suspeita de utilizar o programa Cheque Cidadão para a
compra de votos. Ele foi levado para o Presídio Carlos Tinoco da Fonseca até o
dia 26 de outubro, quando foi liberado, após cumprir a prisão temporária. O
vereador Ozéias Martins foi liberado no dia 29 de outubro.
No dia 26 de outubro, o vereador Kellenson
"Kellinho" Ayres Figueiredo de Souza (PR), de 55 anos, foi preso em
uma nova fase da operação de combate a crimes eleitorais. Na ocasião, também
foram presos chefes de postos de saúde na cidade. Kellinho conseguiu uma
liminar do Tribunal Superior Eleitoral e foi solto do Presídio Carlos Tinoco da
Fonseca no dia 4 de novembro.
Além disso, Gisele Kock, coordenadora do Cheque Cidadão
na cidade, também está entre as que tiveram a prisão preventiva cumprida no dia
26 de outubro.
Ela deixou presídio feminino Nilza da Silva Santos no início da
tarde de 3 de novembro após conseguir habeas corpus. No dia 29, a Polícia
Federal prendeu Thiago Virgílio (PTC), vereador de Campos. O parlamentar foi
preso em casa e levado para a sede da PF em Campos. Segundo a Polícia Federal,
ele é suspeito de envolvimento com o esquema de compra de votos nas Eleições
2016 e vinha sendo investigado na Operação Chequinho.
Thiago foi solto do Presídio Carlos Tinoco da Fonseca no
dia 3 de outubro, após o término da prisão preventiva. O parlamentar havia sido
afastado pela Justiça Eleitoral das atividades na Câmara e ficou proibido de
acessar e frequentar as dependências da Casa e da Prefeitura, e de manter
contato com os beneficiários do Cheque Cidadão e com testemunhas do processo.
No dia 31 de outubro, a vereadora eleita Linda Mara (PTC) e a ex-secretária
municipal de Desenvolvimento Humano e Social, Ana Alice Ribeiro Lopes
Alvarenga, foram presas pela Polícia Federal em um hotel de Copacana, Zona Sul
do Rio de Janeiro.
Uma terceira mulher, que é radialista de Campos, também
foi presa. Linda Mara foi liberada após cumprir cinco dias de prisão temporária
no Presídio Feminino Nilza da Silva Santos. Ana Alice deixou o presídio após
conseguir habeas corpus no dia 3 de outubro. As três estavam foragidas por
suspeita de envolvimento na Operação Chequinho, que investiga um esquema de
compra de votos em troca do benefício nas eleições deste ano.
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