quinta-feira, 10 de novembro de 2016

ENTRE O IMPOSSÍVEL E O PREVISÍVEL


Carlos Chagas

A primeira e mais importante conclusão da vitória de Donald Trump foi a falência total das prévias eleitorais nos Estados Unidos. Mais do que um clamoroso erro dos institutos de pesquisa está o vexame dado pelos comentaristas da televisão, das emissoras de rádio e dos jornais, com ênfase para os brasileiros, cópia escancarada dos americanos. No mundo inteiro foi a mesma coisa: ninguém fez a previsão correta. Ou davam a vitoria indiscutível de Hillary Clinton ou, pelo menos, um resultado  apertado para o partido democrata. Jamais números cravados do começo ao fim nos republicanos.

Perplexidade, incerteza, falta de visão? Despreparo ou humilhação? Tanto faz. A verdade é que uma candidata tida como vitoriosa perdeu o rumo e obrigou-se a reconhecer que Casa Branca, nunca mais.

O mundo só não acordou em crise porque não dormiu. Do Alaska à Terra do Fogo, a madrugada desse 9 de novembro terá sido de insônia ou de maciças doses de cafézinho, porque desde a abertura dos resultados da votação que todo mundo apavorou. Até aqui no Brasil, onde péssimas previsões começaram a ser feitas. Se o homem é doido ou se acertou com o sentimento do povo americano, tanto faz. Parece a mesma coisa. A diferença entre o colégio eleitoral e o voto individual foi mínima, mas não deixou dúvidas: Trump ganhou nas duas. Agora, precisa provar que prometeu o impossível ou o  previsível.

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