Carlos Chagas
Entraram mais dois candidatos presidenciais, um abrindo o
jogo, outro escondendo. Marcelo Crivella anunciou que disputará o palácio do
Planalto dentro de dois anos. João Dória Júnior negou, mas dispõe de
instrumentos até maiores: elegeu-se prefeito de São Paulo no primeiro turno.
Outro, se não saiu, pelo menos recuou. Aécio Neves havia
perdido o governo de Minas e agora perde Belo Horizonte. Se ano que vem perder
a presidência do PSDB, dificilmente se tornará o candidato tucano, cedendo a
vez a Geraldo Alckmin.
No mais, as cartas continuam na mesa. Michel Temer logo
poderá lançar-se candidato a um segundo mandato porque a lei não retroage para
prejudicar. Tem o direito constitucional da reeleição, mesmo se a próxima
reforma política vier a proibi-la. Para a hipótese de rejeitar mesmo a
permanência, surge Henrique Meirelles. Nos dois casos, a recuperação econômica
será condição imprescindível.
Os outros pré-candidatos são os mesmos: Ciro Gomes,
Marina Silva, Alvaro Dias, Ronaldo Caiado, Jair Bolsonaro, Joaquim Barbosa e
outros menos falados.
E o Lula? Será bom não esquecê-lo, pois apesar da queda
livre que atinge o PT, e o próprio primeiro-companheiro, será sempre bom
lembrar constituir-se na única opção do partido. Disporá da lembrança de dois
mandatos presidenciais de muito êxito, apesar de Dilma Rousseff haver perdido
todo o seu capital.
Em suma, o quadro não parece definitivo, mas é o que se
delineia. O leitor não deve estranhar a repetição, hoje, dos fatores aqui
expostos ontem, apenas com a atualização de mais opções.
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