Caso tríplex: documentos reforçam o elo entre Léo
Pinheiro e Lula
Lula apavorado |
Documentos que mapeiam ligações entre Lula e
ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, viagens de carros do Instituto Lula e emails
de reuniões que teriam ocorrido entre os dois são algumas das provas que o
empreiteiro deve usar para provar que o tríplex no Condomínio Solaris, no
Guarujá, pertence ao petista. Os arquivos, anexados pelo Ministério Público
Federal à ação penal do tríplex, foram obtidos pelo blog do jornalista Fausto
Macedo, do Estadão.
Emails revelam agendas de reuniões entre Pinheiro e Lula
nos dias 3 de setembro de 2013 e 3 de junho, 25 de julho, 13 de outubro e 10 de
novembro de 2014. Outro anexo é um mapeamento do sistema de pedágio Sem Parar,
que mostra que dois carros do Instituto Lula realizaram seis viagens em
possível trajeto desde São Bernardo do Campo, onde reside o ex-presidente, até
o Guarujá, entre 2012 e 2014.
Há também um relatório que lista ligações realizadas
entre Léo Pinheiro e pessoas próximas ao ex-presidente, como Paulo Okamotto.
À coluna de Fausto Macedo, a defesa de Lula afirmou que
Léo Pinheiro não tem provas e que o ex-presidente não cometeu qualquer ato
ilícito. “Ele tem uma versão negociada para agradar os Procuradores para ter a
sua delação premiada – negociada desde 2016 – finalmente aceita, para que possa
deixar a prisão ou obter benefícios”.
Na última quinta-feira, em depoimento ao juiz Sergio
Moro, Pinheiro afirmou que o tríplex pertencia a Lula, algo que o ex-presidente
continua a negar com veemência.
Na ocasião, o executivo também afirmou que Lula o
orientou a destruir provas que pudessem incriminá-lo na Lava Jato, entre outras
revelações.
Na tarde deste sábado, o jornal O Globo revelou que Léo
Pinheiro está se preparando para entregar provas, e que algumas delas já foram
anexadas à ação judicial sobre o caso.
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