domingo, 30 de abril de 2017

Coluna do Jersan

GREVE E VIOLÊNCIA

A greve geral promovida pelas centrais sindicais, da última sexta-feira (28), foi marcada pela violência. Barricadas, incêndio de ônibus, enfrentamento com a polícia e saques no comercio foram registrados em varias capitais. Enquanto os sindicalistas, nas ruas, enfrentavam o descontentamento, principalmente dos usuários de transportes coletivos, impedidos de usarem o direito de “ir e vir,” líderes sindicais degustam churrasco e cervejas geladas nos melhores restaurantes do país.

O direito à greve e às manifestações de protesto é sagrado. É uma atitude democrática, absolutamente aceita pela sociedade. O que não é cabível é o fato de baderneiros se infiltrarem nos movimentos para agredir pessoas, incendiar veículos, arrombar o comercio e promover quebra – quebra. È a minoria das minorias que procede dessa forma, mas, o suficiente para manchar o verdadeiro objetivo dos trabalhadores e de suas legítimas reivindicações.

Lembro-me que no período do regime de exceção acompanhei e participei de inúmeros atos de protestos. À época, porém, o povo “morria de medo” de ser pego pelas forças reacionárias que apoiavam o regime. Integrava um grupo de jornalistas (visado por outros) que pelas madrugadas escrevia nos muros a conhecida frase “Abaixo a Ditadura” e distribuía nos retornos e esquinas panfletos denunciando torturas nos presídios onde muitos morreram ou foram assassinados. Foram longos anos de luta. E quando tínhamos a oportunidade de dribla a censura e publicar matérias denunciando arbítrios, não escapávamos de ser chamados ao DOPS ou à Polícia Federal para “esclarecimentos” ou de um processo na Justiça.

A pressão psicológica era revoltante e estimulante para que não desistíssemos da luta. Hoje a situação é diferente. Vivemos em democracia. Somos vítimas de políticos que sangraram os cofres públicos pagando obras superfaturadas e recebendo propinas milionárias. Vamos protestar, vamos lutar pelo que acreditamos seja o correto, mas respeitar as decisões da maioria é o mínimo de civilidade que podemos mostrar, mesmo discordando. A violência não “está com nada”. É tempo de buscar o diálogo para dirimir conflitos.

CANDIDATURA

O advogado Petrônio ex-presidente do Sindicato dos Bancários disse à coluna que será candidato a deputado estadual, pelo PDT, nas eleições de 2018. “Estou me preparando para enfrentar a luta, estimulado pelo fato de que o poder econômico não vai ser usado pelos poderosos para conquistar votos do eleitorado que, desta vez, deve exercer o direito de escolher livremente os melhores e mais capazes de representá-lo com sabedoria e dignidade nas casas legislativas” – disse Petrônio.

BURAQUEIRA

O prefeito Edvaldo Holanda Junior já é considerado pela opinião pública como um dos piores prefeitos de São Luís. A buraqueira observada nas ruas e avenidas da capital, a falta de estrutura observada nos hospitais e nas escolas, inexistência de medicamentos básicos, falta de leitos e precariedade nas instalações hospitalares, seriam os principais motivos da revolta da população para com a gestão municipal. O pior é a omissão da Prefeitura com relação às críticas e às denúncias da mídia. Não explica nem justifica as questões mostradas pelos órgãos da imprensa, geralmente publicadas a pedido da própria população.

ENQUANTO ISSO...

Enquanto o prefeito da capital se desgasta, o governador Flávio Dino, seu aliado de primeira hora, segundo as pesquisas cresce o seu conceito em todo o Estado do Maranhão. A citação do nome dele por um delator da Odebrecht, tudo indica não teve o efeito desejado pelos seus opositores mais graúdos, como Sarney e Lobão, estes sim, enrolados até a alma com a Justiça. Flávio Dino não esperou o “estouro da boiada” e antecipou a divulgação da sua defesa através de uma declaração que lhe foi fornecida pela direção da Câmara Federal que põe por terra a veracidade da afirmação do delator. “Nada a esconder” – diz o governador.

O homem público – seria bom que Edvaldo entendesse – não pode se omitir diante de fatos que atingem de cheio a sua imagem. Há reclamações até de vereadores da base dando conta de que o prefeito “se fechou em copa” para os problemas da cidade e evita recebê-los para dialogar sobre a situação do município. Aí, meu caro, como diria um amigo meu, fica muito difícil!...   
    

MAIS ASFALTO

Com a aprovação pela Assembléia Legislativa, recentemente, do programa “Mais Asfalto” o governador Flávio Dino deverá contemplar vários municípios do estado com o asfaltamento de ruas e avenidas das sedes municipais e das estradas que dão acesso a elas. As MAs, em grande número, também deverão ser recuperadas já que a maioria delas se encontra muito danificada pelas fortes chuvas que continuam caindo sobre o Maranhão. 

MOACYR FEITOSA

Reconhecido pela competência e dedicação ao trabalho o secretário Moacyr Feitosa, da Educação Municipal, trabalha com determinação e boa vontade para colocar a gestão em ordem. Mas é como diz um professor: milagre só Deus tem condições de promover. Segundo ele faltam condições mínimas para o secretário desenvolver os seus planos em prol da educação em São Luís.

FESTA PARA FEITOSA

O advogado José de Fátima Feitosa foi homenageado ontem (sábado) por familiares a amigos pela passagem do seu aniversário. São mais de meio século de vida bem vivida. Ontem, por telefone ele disse ao colunista que ainda esta semana estará aqui em São Luís para comemorar a data com a “Turma do Bem” que aos finais de semana se reúne na Churrascaria do Roberto, na Curva do Noventa para alegre bate- papo regado a cervejas geladas, para “molhar a palavra”. Kleber, Cesar, Zé João, Zé Artur, Ricardo, Tomas, Fernando, além do próprio Feitosa são membros efetivos do grupo. Ao ilustre amigo aniversariante, os parabéns da coluna. 

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