quarta-feira, 3 de maio de 2017

Dia Mundial da Liberdade de Imprensa

"Jornalistas vão aos lugares mais perigosos dar voz a 

quem não tem"

Em mensagem sobre o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, secretário-geral António Guterres afirmou que o mundo precisa de líderes que defendam a imprensa; relator da ONU pediu fim da "demonização" da mídia crítica.


Laura Gelbert Delgado, da ONU News em Nova Iorque.

"Jornalistas vão aos locais mais perigosos para dar voz aos que não tem voz". Assim, o secretário-geral da ONU, António Guterres, começou sua mensagem sobre o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, celebrado nesta quarta-feira, 3 de maio.
O chefe da ONU alertou que os "trabalhadores da mídia sofrem com difamação, violência sexual, detenção, ferimentos e até morte".

Defesa

Guterres disse ainda que o mundo precisa de líderes que defendam uma imprensa livre.
Para ele, isto é crucial para combater a desinformação predominante. Ele declarou também ser preciso que todos defendam o direito à verdade.
No Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, o secretário-geral fez um apelo ao fim de todas as medidas de repressão contra jornalistas porque, segundo ele, "uma imprensa livre promove a paz e a justiça para todos".

Mudar o mundo

Segundo Guterres, quando se protege jornalistas, suas palavras e imagens podem mudar o mundo.
O relator especial da ONU para promoção e proteção do direito à liberdade de opinião e expressão, David Kaye, também se manifestou sobre a data. Kaye foi nomeado pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU para monitorar a liberdade de imprensa e a segurança de jornalistas em todo o mundo.

"Demonização"

Segundo o especialista, muitos líderes "veem o jornalismo como inimigo" e o assédio "governamental à mídia é uma crise global". Neste contexto, ele pediu a todos os governos que tomem medidas para proteger e promover o jornalismo independente.
O especialista fez um apelo às autoridades para que acabem com a "demonização" da imprensa crítica e libertem todos os que estão detidos por exercerem seu direito à liberdade de expressão.
Outras medidas incluem ações para investigar e responsabilizar todos os envolvidos em ataques a jornalistas, "resistir à tentação" de ordenar que websites na internet que removam conteúdo crítico. Ele cita ainda a revogação de leis que sejam "claramente contra liberdade de expressão"
Evitar a vigilância a jornalistas é outro ponto recomendado pelo especialista.
Os relatores especiais fazem parte do Conselho de Direitos Humanos e trabalham de forma voluntária, sem receber salário. Eles não são funcionários da ONU e trabalham de forma independente de qualquer governo ou organização.

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