Dom José Alberto Moura - Arcebispo Metropolitano de Montes Claros
Em nossa vida agitada há muitos meios de comunicação,
inúmeras propostas e palavras diferenciadas e contraditórias, múltiplas
propostas de vida e não poucas sugestões para fazermos isso ou aquilo. Pais
ensinam aos filhos muitas coisas e valores. No entanto, a convivência social
influencia muito para as pessoas optarem por caminhos às vezes contrários ao
que receberam de valores familiares. A perplexidade sobre o que e a quem seguir
dependerá muito da formação de conceito e de verdade a se apegar. As
influências podem ser positivas ou negativas para condicionarem as opções
individuais.
À pergunta de Jesus aos discípulos sobre o que pensavam a
respeito dele, Pedro respondeu ser Ele o Messias. De fato, Pedro manifestou sua
fé em Jesus, aceitando-o como o Filho de Deus. É assim: quem aceita, na sua
vida de fé, a pessoa do Filho de Deus, sua vida vai ser pautada por Ele.
Jesus fala da passagem por Ele, que é a porta por onde
penetram as suas ovelhas. Quem o reconhece como o Bom Pastor, ouve
necessariamente a sua voz e o segue. Faz opção de vida e se torna coerente com
a mesma. Torna-se pessoa autenticamente cidadã, pois o Mestre nos ensina a
viver na terra como irmãos e irmãos, fazendo cada um o bem aos outros. Vamos,
assim, fazer nossas opções de prestação de serviço à pessoa humana com o uso
adequado dos dons recebidos de Deus para realizar o bem à sociedade. Assim, cada um vai seguir a vocação de servir
conforme seus pendores. Na comunidade religiosa há os ministérios ou serviços
de leigos e leigas, de religiosos consagrados pelos votos de pobreza, castidade
e obediência, bem como os ministérios ordenados de diáconos, presbíteros e
bispos. Cada um vai viver a fé num ministério em possa servir a comunidade da
melhor e mais generosidade possível por causa de Deus.
Quem segue a voz e o chamado de Cristo, não tem medo de
se doar ao serviço do semelhante. Leigos se doam na formação de família,
conforme o projeto de Deus. Atuam no campo profissional, cultural, científico,
comunicador e político de modo a trabalhar eticamente para o desenvolvimento da
convivência mais humana e justa possível. Os religiosos e religiosa não têm
medo de viver o profetismo num mundo eivado do religioso e do paganismo. Em
suas ações apostólicas mostram como
evangelizar, a partir de suas comunidades e instituições, com o novo do
Evangelho. Os ministros ordenados se colocam na coordenação das atividades
evangelizadoras como arautos da Boa-Nova de Jesus para a promoção da vida plena
para todos! Ajudam as ovelhas a passar pela Porta de Jesus e se salvarem!
As opções em base à fé no Ressuscitado, fazem as pessoas
superarem as oposições e os sofrimentos causados pelo mundo paganizado,
conforme apresenta Pedro: “Caríssimos, se suportais com paciência aquilo que
sofreis por ter feito o bem, isso vos torna agradáveis diante de Deus” (1 Pedro
2,20). O que deve ser sempre assumido por todos os que vivem sua fé e sua
vocação a partir da comunidade religiosa e seu compromisso com Deus e a Igreja,
é superar a tentação do contratestemunho. Somos humanos, mas temos que estar
atentos à superação de sucumbirmos aos estilos instintivos com a prática das
virtudes e da conversão contínua!
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