sábado, 21 de outubro de 2017

Poema de Francisco Tribuzi

Para uma certa Lívia, inventada/Num sonho súbito, na madrugada

Francisco Tribuzi


Num lago lúgubre, lascivo
Lívido, Lívia, livre, lépida
Leve leva a lua: luz do amor
Laço a lenço e luva
Seus lábios de uva
Seu uivo de dor
E vejo Lívia derramar
na relva, gemidas salivas e limos
das ancas, nos lençóis de flor
Por mais que gritasse não me via Lívia
na via apagada.
Lívido de ver Lívia, lívida, líquida, fria
Sua sombra sombria, leve, levitava sumia
levando no rastro do dia, minha alma agarrada

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