quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Com Cabral, Garotinho e Rosinha, RJ tem três ex-governadores presos

Tudo em cana!... Cana neles!

Pezão teve mandato cassado pelo TRE, mas está recorrendo no cargo. Outros líderes da política, como Jorge Picciani, estão atrás das grades.

Levaram o dinheiro do povo: acabaram com o Rio
Em uma sucessão de escândalos de corrupção, o Estado do Rio viu alguns dos principais líderes políticos dos últimos 20 anos irem para cadeia.
Dentro de um palácio, a poltrona usada por quem comanda o segundo estado mais importante do país. Nas últimas duas décadas, todos os que sentaram lá acabaram tendo que acertar contas com a Justiça. Dos últimos quatro eleitos, três estão atrás das grades: Anthony Garotinho, a mulher dele, Rosinha Matheus, e Sérgio Cabral.
O atual governador, Luiz Fernando Pezão, já foi citado em delações premiadas e teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral, mas está recorrendo no cargo. Todos foram aliados, mas Garotinho e Cabral romperam em 2006 e só voltaram a ficar perto um do outro há um ano, quando os dois ficaram presos em Bangu.
Sérgio Cabral nunca mais saiu da cadeia. Já está condenado a 72 anos de prisão. Garotinho reconquistou a liberdade, mas preso de novo divide, mais uma vez, o presídio com o ex-aliado.
Agora, a cadeia pública em Benfica. Endereço dos presos da Lava Jato, e onde estão outros políticos que também decidiram o destino do estado nos últimos 20 anos. Jorge Picciani foi seis vezes presidente da Assembleia Legislativa; Paulo Melo, que tem sete mandatos, também presidiu a casa. Antes deles, o próprio Sérgio Cabral esteve à frente da Alerj.
Hoje, todos estão na Galeria C, no segundo andar do presídio. São nove celas com capacidade para 54 presos. Garotinho vai ficar em uma ala separada, porque é inimigo político do grupo.
A situação do Rio de Janeiro levou a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, a dizer, na terça-feira (21), que o estado vive um “clima de terra sem lei”. O juiz Sérgio Moro também falou, na terça, sobre a corrupção no Rio, em um evento em Curitiba. Ele disse que esquemas de corrupção parecidos com o da Petrobras podem ter se espalhado pelo país.
“O exemplo mais visível atualmente talvez seja o estado do Rio de Janeiro, onde ali se verificou que puxando o fio de uma investigação, originada de corrupção em contratos da Petrobras, se identificou um esquema criminoso muito mais complexo e muito mais abrangente”, explicou o juiz.
E, quando revelados, os esquemas criminosos nos mostram que, dentro do palácio, o problema não é a poltrona e, sim, quem senta nela.

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