Com base nas informações enviadas pelo presídio, Macacari
decidirá se Maluf vai continuar preso ou poderá cumprir prisão domiciliar. A defesa
do deputado, de 86 anos, alega que ele deve cumprir prisão domiciliar porque
sofre de câncer de próstata, problemas cardíacos e na coluna, além de hérnia de
disco.
A decisão foi tomada pelo juiz após receber 32 novos
questionamentos elaborados pelos advogados do parlamentar ao Instituto Médico
Legal (IML) de Brasília sobre o quadro de saúde de Maluf. O magistrado concedeu
prazo de 24 horas para que os médicos responsáveis pelo presídio respondam aos
questionamentos que “não foram satisfatoriamente esclarecidos”.
Maluf foi condenado por receber propina em contratos
públicos com as empreiteiras Mendes Júnior e OAS quando era prefeito de São
Paulo (1993-1996). Os recursos teriam sido desviados da construção da Avenida
Água Espraiada, hoje chamada Avenida Roberto Marinho. O custo total da obra foi
cerca de R$ 800 milhões.
As investigações se arrastaram por mais de dez anos,
desde a instauração do primeiro inquérito contra o ex-prefeito, ainda na
primeira instância da Justiça. Os procuradores do Ministério Público estimaram
em US$ 170 milhões a movimentação total de recursos ilícitos. O Supremo assumiu
o caso após a eleição de Maluf como deputado federal.
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