sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

O FUTURO DO BRASIL


Por Carlos Henriques Araujo

Diretamente da praia do Coqueiro, um momento de reflexão política.

O que vou dizer todo mundo já sabe, mas é bom repetir. O Brasil com esses políticos que nós (o povão) elegemos a cada pleito, jamais chegará ao primeiro mundo. Entendemos, mas não aceitamos. Nossos políticos não são honestos, não são competentes, não são altruístas e não estão preparados para o serviço público.

Sem exagerar, acho que 90% deles não se enquadram num perfil aceitável. Para cada um honesto, nove são corruptos; para cada um competente, nove não têm competência para legislar; Para cada um consciente de sua missão, nove estão ali somente para se dá bem, e para isso não têm escrúpulos.

Para cada um que mostra resultado, faz projetos e debatem em plenário, nove não apresentam projeto, não discutem, nem sequer leem os projetos que estão votando ou não comparecem às reuniões, a não ser por interesse corporativista ou quando são “comprados” para votar nesse ou naquele projeto que visa o interesse deles ou do partido.

No Brasil, os políticos fazem de seu mandato profissão. Ficam rico com falcatruas, desvios e propina de caixa 2; se aposentam precocemente e reelegem seus filhos ou mulher para lhes substituir ou viram cacique, assumem um cargo público, quase sempre vitalício e só largam “as tetas do governo” quando morrem.

Eles se elegem e se reelegem e elegem quem eles querem. O país que se dane, os eleitores que se lixem, pois eles têm dinheiro (caixa 2) e seus cabos eleitorais se encarregam de comprar os votos.

Ideologia, eles não têm, mudam de partido quando isso lhes é favorável a eleição. No caso dos partidos que estão no governo ou que fazem coligações, a reeleição se torna mais fácil, pois o governo direciona benefícios às camadas mais pobres da população com critérios puramente eleitoreiros.

Entre nós, eleitores, para cada um que vota consciente, dez vendem seu voto, ou vota por conta da amizade, de um favor, de um emprego e até por uma carrada de areia amarela.

Se contarmos os votos dos que recebem “bolsa-família”; dos que receberam uma casa do programa “minha casa minha vida”; dos que entraram para faculdade através de “cotas”; e dos que votam em branco ou anulam seu voto, concluímos que é quase impossível fazer uma limpeza no executivo e no legislativo para nos livrarmos dessa corja de fichas suja e processados em primeira instância, através do voto.

O Brasil precisa mudar se quiser chegar ao primeiro mundo, mesmo com a riqueza que temos: recursos naturais, terra fértil, água e minérios, um excelente parque industrial, um setor de serviços amplo e moderno e um povo passivo e trabalhador.

E com uma arrecadação de impostos monstruosa (mais de um trilhão de reais em 2017), o governo faz muito pouco ao mitigar a fome dessa gente com “bolsas-esmola”. E, em se tratando de qualidade de vida, exceto as classes ricas, a carência é total na educação, na saúde, na segurança e nos transportes públicos.

É preciso aumentar e melhorar a distribuição dos “benefícios” através de projetos sem fins eleitoreiros e aumentar a fiscalização para evitar o desperdício e a roubalheira nos programas existentes. E principalmente, investir muito em educação.
  
by CHA

Carlos Henriques Araujo é poeta, jornalista e escritor: é piauiense. É de Parnaíba, mora em Teresina

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