Francisco Tribuzi
setembro 21, 2015
Os olhos do tempo não dormem
Sonâmbulos, aceleram passos/paisagens
Das manhãs virando tardes/noites...
No abismo de pesadelos, roda gigante do mundo
As coisas parecem inertes
Sem sentir o vento varrendo-lhes
A matéria de que são feitas
Até que o dia acabe e a noite chegue
Com seus holofotes de estrela...farol de lua
De nada adianta o silencio-O tempo corre
arrastando as horas
O que ficou pra traz, é feito
de corpos/lembranças mortas
São portas abertas/ O tempo não volta
São horas desertas/No porto perdido do caís
Os olhos do tempo não dormem
E nada há que os faça parar
Na contagem regressiva,nossa sombra cheia de assombros
Entre as penumbras do espaço,que nos atira
nos precipícios do caminho sem volta...
E uma fé tremulante e incerta
Sobre o futuro de nossa alma deserta
O homem,ser supremo da criação
Na dúvida doída e atroz
Terá nossa história sido em vão?
E em vão apodrecido nossa voz?
Os olhos do tempo,nunca dormem
O tempo é um alazão indomado
Galopa a solidão do homem
Por caminhos inimagináveis
O tempo é certo
A vida incerta
A morte o deserto
Um sinal de alerta
Que o tempo acaba,mas
Não para o mundo
Para os animais
Um sono profundo
Mas aonde o tempo vai dar
Em que lugar ele desemboca
Quem ousa imaginar
Essa coisa infinitamente louca
Eu não consigo vislumbrar
Genialidade que me brinde
Do tempo ter um lugar
Onde afinal ele finde
Francisco Tribuzi
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