Policiais Federais cumprem 5 mandados de prisão preventiva,
1 mandado de prisão temporária e 5 mandados de busca e apreensão, expedidos
pela 5ª Vara Federal Criminal/SP. As buscas e as prisões se concentram nos
municípios de São Paulo/SP e Bragança Paulista/SP.
O inquérito policial se iniciou em dezembro de 2016, após
comunicação da Receita Federal do Brasil sobre possíveis crimes cometidos por
parte de uma servidora do órgão. A
investigação visava apurar a prática de corrupção passiva e inserção de dados
falsos em sistema de informação oficial, por parte de uma analista tributária
da Receita Federal em São Paulo. Ao longo da investigação, apurou-se que a
servidora teria promovido alterações nos sistemas de informação da RFB para
modificar a titularidade de créditos tributários legítimos em benefício de
outras empresas.
O esquema funcionava da seguinte maneira: créditos lícitos
de grandes contribuintes eram selecionados e desviados pelos criminosos,
incluindo um falso auditor fiscal, em favor de empresas intermediárias geridas
pelos mesmos criminosos. Em seguida, após a captação de possíveis interessados,
os créditos eram vendidos fraudulentamente e transferidos aos beneficiários
finais da fraude, por meio de pedido eletrônico de compensação e restituição.
No dia 22/03/2018, na primeira fase da operação Manigância,
a PF cumpriu 4 mandados de prisão temporária e 14 mandados de busca e
apreensão. Após o processamento e análise do material apreendido, a Polícia
Federal cumpre hoje novas medidas cautelares, incluindo a prisão preventiva dos
principais envolvidos, buscas e novo sequestro de bens.
Os presos responderão, na medida de suas participações,
pelos crimes de associação criminosa, corrupção passiva, inserção de dados
falsos em sistemas de informações e estelionato.
Comunicação Social da Polícia Federal em São Paulo
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