sexta-feira, 6 de julho de 2018

Poema de Raimunda Lucinda




sou como criança
vivendo na fantasia
deslizando por entre
as árvores
beijando as calçadas
terminando em doces risadas
a cantoria
lua dormindo
lua preguiçosa
figuras de monstros nas nuvens
que cobrem o sol
durante o dia
luzes fulgurantes
parecem seres alados
que trazem cítaras tocando
no entardecer de magia
ora corre
ora pára
não tem relógios
não tem nada que meça
o tempo
tudo é sol
é livre
num ápice de um sonho
que torna a vida
cor de rosa
nos lábios inocentes
de uma criança que fui
e trago em mim
que não vê quem é mal
pois o mal
se existe é num
jogo de quem quer saber
se é mal ou bem quisto
e assim tudo vai num compasso
de uma dança de ciranda
que se canta ainda
quando se é criança
sendo eu este ser que
não envelhece na alma
e ainda é capaz de brincar
de esconde esconde
na beira de uma praia
ou somente juntando conchas nas areias daquele morro onde
se vê o mais belo por do sol
da minha cidade

Raimunda Lucinda Martins / Raio de Luz

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