sábado, 22 de setembro de 2018

REFLEXÃO POLÍTICA DO BRASIL (ontem e hoje)


Carlos Henriques Araújo


Ontem. Anos sessenta. Quanta saudade! As pessoas dançavam juntas, ouviam música de qualidade, conversavam e discutiam sobre arte. Os compositores se desafiavam compondo. Os instrumentos eram acústicos mas havia mais talento e menos tecnologia. Os jovens curtiam a vida sem ajuda de “êxtase”, “anabolizante” ou “viagra”.

Como na canção, o povo era feliz e não sabia. As favelas eram moradias de gente pobre e honesta. As casas eram simples com cadeiras nas calçadas e escrito em cima que era um lar. As armas eram o cavaquinho, o pandeiro e o violão. O tráfico era de samba, droga só nas farmácias como remédio. O estandarte não era de ouro, mas dava mais orgulho aos passistas.

Os moradores das favelas desciam à avenida para sambar, o “arrastão” era de bloco carnavalesco. As pessoas só reclamavam do mau tempo e só tinham dor de cabeça quando adoeciam ou estavam de ressaca. Sequestro não havia e bala perdida, só quando uma criança esquecia um bombom na rua. A polícia protegia o povo e era fácil distingui-la dos bandidos.

Mas “o que é bom, dura pouco”, diz o ditado popular. No dia 31 de março de 1964 veio o “golpe militar”. Prisões, cassações, expulsões e mortes sucederam a atos institucionais, suspensão dos direitos civis e censura prévia.

Os grupos de esquerda, que queriam implantar o comunismo, partiram para luta armada na clandestinidade. E através de atentados com bombas, assaltos a bancos, sequestros e infiltração nos meios universitários e na mídia alternativa tentaram implantar a ditadura do proletariado a qualquer custo.

O governo, diante da violência dos terroristas, reagiu em defesa da pátria com a mesma violência. E lançou mão de uma campanha de patriotismo com o slogan: “Brasil, ame ou deixe-o”. E para nossa felicidade, em 70 o Brasil foi tricampeão de futebol, no México. Foi um balde de água fria na fervura da esquerda política, o povo saiu em carnaval pelas ruas debaixo de “chuva, suor e cerveja”, ao som de “Pra frente Brasil”.

Hoje. Véspera de uma eleição. As sequelas do autoritarismo da direita e da guerrilha da esquerda ainda são sentidas na memória de muitos, principalmente, na ausência de novas lideranças no cenário político. A música do saudoso Belchior (Como nossos pais) traduz muito bem este sentimento: “nossos ídolos ainda são os mesmos ...” (Sarney, Collor, Lula, FHC, Renan, Ciro ...).

E os poucos que se apresentam como renovação, não nos convencem. Cada um com seu projeto de poder e esquemas de corrupção. Com exceção do Bolsonaro que não é novo na política, mas que não é corrupto e nem tem projeto de poder. Ele é o único com chance de ganhar e fazer uma reestruturação do país.

Agora só nos resta dizer como Cazuza: “Meu partido é um coração partido ...”. Ideologia, não existe uma para seguir. Os meus heróis, que não morreram de over-dose, estão mamando nas tetas da lei Rouanet.

O Brasil de hoje, herança de um governo de 13 anos, governado por um político de esquerda, hoje preso por implantar o maior esquema de corrupção já visto no mundo, nunca esteve à beira do abismo comunista.

Ameaçado por uma esquerda que não tem escrúpulo para atingir seu objetivo. Que tenta destruir a família, a religião, o patriotismo e impor a desigualdade social, de renda, de raça, de cor e de gênero. E talvez até mandar matar seu concorrente à eleição.

Carlos Henriques de Araújo - Membro da UBE- PI

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