segunda-feira, 24 de setembro de 2018

TRISTE REALIDADE


Carlos Henriques Araújo


Até parece que democracia só funciona no primeiro mundo. No terceiro mundo, os governantes preferem mitigar a fome dos pobres a tirá-los da pobreza, porque assim é mais fácil se manterem no poder.

Cultura não enche barriga, mas ajuda o eleitor a escolher um político menos corrupto e mais competente. O analfabeto não tem culpa de não ter estudado, é mais uma vítima dessa política feudal que ainda predomina em grande parte do Brasil e infelizmente vota. E vota mal.

O exemplo está aí. Povo e governo falam errado, mas se entendem na hora de receber o “bolsa-esmola” e, em troca, dá seu voto. Nos céus de Brasília, fora as manifestações em favor de Bolsonaro, nada de novo, cada dia que nasce, parece o dia anterior.

A inércia do governo é geral, parece até que o ano já acabou. Ninguém trabalha mais, só a mídia comprada noticiando pesquisas com fraude, e políticos ficha suja envolvidos em escândalos e corrupção tentando se reeleger com medo da Lava Jato.

É triste, “meu nobre colega” leitor (como eles dizem), mas é pura realidade. No congresso tem projetos importantes que passam anos para serem votados, e deputados que faltam quase 95% das votações.

Eles têm dois meses de recesso e não trabalham nas segundas e nas sextas feira. E quando tem um feriado no meio da semana, emendam.

Nos telejornais só vemos notícias sobre assalto, tiroteios e morte. Nas ruas, de um lado uma polícia despreparada e mal paga, do outro, bandidos bem armados. E os defensores dos “direitos humanos” defendendo bandidos e estupradores.

Dos presídios, bandidos (e ex-presidente) controlam o tráfico, o crime organizado e fazem política para seu partido. E nessa guerra civil urbana, sobrevive quem atirar primeiro, como no velho oeste, e as vítimas, além dos bandidos e policiais mortos, são quem tiver a infelicidade de estar passando por perto naquele momento.
Os bandidos de colarinho branco têm amigos influentes nos três poderes quando não fazem parte. Malas de dinheiro não servem de prova. A Polícia Federal prende e o Judiciário solta. No STF eles confiam nas suas amizades (de quem indicou) e no dinheiro de propina e caixa 2.

Em outubro teremos eleição. A poluição sonora e visual espalhada pelas avenidas, postes, muros e carros transformam o cotidiano da cidade num inferno a céu aberto, em pleno b-r-o-bró.

Enquanto isso, na periferia da cidade, milhares de eleitores, ao acordar, esperam encontrar na porta de seu barraco, uma carrada de barro ou um saco de cimento, presente do seu candidato a vereador.

Carlos Henriques de Araújo – Membro da UBE-PI

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