Luiz Figueiredo
O governador Flávio Dino divulgou as principais metas do
seu segundo mandato, com a previsão de quarenta grandes obras em todo o Estado.
Com relação a Baixada Maranhense, uma das regiões mais próximas da capital e
com um potencial muito grande para fortalecer a economia do estado, tomo a
liberdade de sugerir dois grandes projetos que beneficiarão diretamente toda a
população que ali vive: – a construção dos diques da baixada e a estrada
ligando o município de Bacabeira ‘a região, com uma redução de 200 km e
consequentemente diminuição do tempo de viagem, do preço das passagens, fretes
e uma grande economia de combustível, além da integração da Baixada ao Polo de
Bacabeira.
Muito se tem falado e debatido sobre a Baixada Maranhense
nos últimos anos, tudo girando em torno de projetos que possam contribuir para
o seu desenvolvimento, melhorando a qualidade de vida da população que aqui
vive. A Baixada não é problema, é solução, com incentivos para empresas
produtivas, capazes de gerar emprego e renda, fazendo com que a região volte a
ser o que foi, até o meados do século XX, o grande celeiro abastecedor da
capital maranhense.
Isto depende exclusivamente de decisão política, já que
os nossos governantes não tem tido a capacidade ou o interesse de implementar
políticas públicas com a finalidade de atingir a médio prazo esses objetivos.
As características naturais da região são propícias a implantação de várias
atividades econômicas que transformariam as empresas ali instaladas em
alavancas desse processo de mudança. Temos uma excelente localização em relação
a cidade de São Luís, temos terras férteis e de preços atrativos,
infraestrutura rodoviária, elétrica e de transportes totalmente implantadas,
contamos com o serviço dos ferry-bouts e com vários outros pontos de embarque e
desembarque, portanto com possibilidade de acesso a qualquer cidade litorânea.
No Equador, país sulamericano, existe uma região chamada
Guaaquyl, com as mesmas características da nossa baixada, até a área
territorial é bem aproximada, bastante desenvolvida e com uma produção
industrial muito grande, portanto o que precisamos é de investimento, e decisão
de governo. Só com a construção dos diques teremos uma solução definitiva para
recuperação dos campos naturais com um potencial capaz de beneficiar pobres e
ricos, porque ali se desenvolve a agropecuária, uma quantidade incalculável de
peixes, a caça, e o represamento da água essencial para todos, e inclusive para
a irrigação, evitando também a salinização dos campos.
Os chamados diques da produção é uma solução paliativa,
localizada, que não contribui para a preservação do ecossistema e da
biodiversidade características da região. Destaco a atuação do Fórum em Defesa
da Baixada, formado por líderes e técnicos profundos conhecedores dos problemas
que afligem a Baixada e todos clamam por uma solução rápida. Cito o do Dr
Flávio Braga idealizador e apoiador desse grande movimento, que persiste com
objetivo de conseguir viabilizar projetos e recursos para esse fim.
Eu particularmente também venho procurando dar a minha colaboração com dois projetos fundamentais para completar a implantação da infraestrutura básica; a construção dos diques e a ligação rodo-fluvial via Bacabeira. O projeto dos diques vem se arrastando há mais de trinta anos. Passado todo esse tempo, em dezembro de 2006, levei técnicos do governo para visitar” in loco” as áreas mais afetadas pela estiagem e a partir daí foram retomados os trabalhos de elaboração de novo projeto no Governo Jackson Lago.
O grupo inicialmente foi formado por Reginaldo Teles, Leo
Costa, Manoel Bordalo, e eu, com o apoio de Neiva Moreira e Luiz Raimundo
Azevedo, Júlio Noronha e outros. Já se vão mais doze anos de muita luta, e o
governo parece inerte, insensível. Mas não desistiremos! Além dos projetos
acima referidos, ainda temos sugestões para um grande programa de
desenvolvimento integrado capaz de transformar a nossa Baixada Maranhense na
terra berço que tanto sonhamos…
Luiz Figueiredo, ex-prefeito de São João Batista
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