A importância e a responsabilidade do voto!
Recebi do poeta e escritor Carlos Araújo uma sugestão para ler um artigo de Raquel de Queiroz, publicado na então Revista "O Cruzeiro" de 11 de janeiro de 1947, com o título "VOTAR". Uma leitura agradável, que, embora escrito há 66 anos, faz lembrança dos dias atuais.
Do artigo, separei quatro tópicos ainda viventes para a nossa época, e os repasso aos leitores. Leiam esses quatro parágrafos do artigo, que completou 66 anos no dia 11 de janeiro:
"Pelo voto não se serve a um amigo, não se combate um inimigo, não se presta ato
de obediência a um chefe, não se satisfaz uma simpatia. Pelo voto a gente
escolhe, de maneira definitiva e irrecorrível, o indivíduo ou grupo de
indivíduos que nos vão governar por determinado prazo de
tempo.
Escolhem-se pelo voto aqueles que vão modificar as leis velhas e
fazer leis novas – e quão profundamente nos interessa essa manufatura de leis! A
lei nos pode dar e nos pode tirar tudo, até o ar que se respira e a luz que nos
alumia, até os sete palmos de terra da derradeira moradia.
Escolhemos
igualmente pelo voto aqueles que nos vão cobrar impostos e, pior ainda, aqueles
que irão estipular a quantidade desses impostos. Vejam como é grave a escolha
desses “cobradores”. Uma vez lá em cima podem nos arrastar à penúria, nos chupar
a última gota de sangue do corpo, nos arrancar o último vintém do
bolso.
E, por falar em dinheiro, pelo voto escolhem-se não só aqueles que
vão receber, guardar e gerir a fazenda pública, mas também se escolhem aqueles
que vão “fabricar” o dinheiro. Esta é uma das missões mais delicadas que os
votantes confiam aos seus escolhidos."
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