Estima-se que 97,5% da água existente no mundo é salgada e
não é adequada ao nosso consumo direto nem à irrigação da plantação. Dos 2,5%
de água doce, a maior parte (69%) é de difícil acesso, pois está concentrada
nas geleiras, 30% são águas subterrâneas (armazenadas em aquíferos) e 1%
encontra-se nos rios. Logo, o uso desse bem precisa ser pensado para que não
prejudique nenhum dos diferentes usos que ela tem para a vida humana.
A água não está limitada às fronteiras políticas dos
países, razão pela qual quase metade da superfície terrestre é conformada por
bacias hidrográficas de rios compartilhados por dois ou mais países. O Brasil
compartilha cerca de 82 rios com os países vizinhos, incluindo importantes
bacias como a do Amazonas e a do Prata, além de compartilhar os sistemas de
aquíferos Guarani e Amazonas. Esse cenário se traduz em diferentes e oportunas
possibilidades para a cooperação e o bom relacionamento entre os países.
No cenário da cooperação internacional, a Agência Nacional
de Águas (ANA) tem um amplo conjunto de projetos já executados, em negociação
ou em implementação, os quais, por se enquadrarem na tipologia da cooperação
técnica internacional, são tratados conjuntamente com a Agência Brasileira de
Cooperação do Ministério de Relações Exteriores (ABC/MRE). O cenário
institucional envolvido contempla parcerias bilaterais, parcerias com
organismos e programas internacionais, além de discussões técnicas para o
intercâmbio de experiências e conhecimentos sobre distribuição, uso e monitoramento
da quantidade e qualidade da água. Essas ações de cooperação internacional,
notadamente com países em desenvolvimento, permitem que a ANA contribua, de
forma significativa, para a gestão de recursos hídricos no mundo, especialmente
nas ações de contexto regional.
Fonte – Agência Nacional de Águas (ANA)
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