segunda-feira, 18 de março de 2024

O impacto desproporcional da dengue em famílias carentes - artigo de Leonardo Rizzo, empresário


O impacto desproporcional da dengue em famílias carentes

Leonardo Rizzo*

18.03.24

A dengue, uma doença transmitida por mosquitos, representa uma ameaça significativa à saúde pública, especialmente em regiões tropicais e subtropicais. Seu impacto, contudo, ressoa com maior intensidade nas comunidades carentes, onde as condições socioeconômicas criam um ambiente propício para a proliferação do Aedes aegypti, o mosquito vetor da doença. O papel da gestão municipal, nesse contexto, é fundamental para mitigar os efeitos devastadores da dengue nessas populações vulneráveis.

Famílias carentes frequentemente residem em áreas com infraestrutura precária, como saneamento básico inadequado, acúmulo de lixo e falta de acesso regular à água tratada. Essas condições favorecem a formação de criadouros do mosquito, elevando o risco de surtos de dengue. Além disso, a limitação no acesso a informações preventivas e a serviços de saúde de qualidade contribuem para uma maior vulnerabilidade dessas famílias à doença, potencializando os riscos de complicações e mortalidade.

 
A gravidade da situação é amplificada pelas consequências socioeconômicas da dengue. Os membros da família que são afetados pela doença muitas vezes são obrigados a se afastar do trabalho ou da escola, o que pode levar a uma perda de renda ou atraso educacional, exacerbando o ciclo de pobreza. As despesas médicas adicionais podem ser devastadoras para o orçamento já restrito dessas famílias, aumentando seu ônus econômico.
 
Nesse cenário, a gestão municipal assume um papel crucial. É responsabilidade do governo local implementar e fortalecer políticas públicas que abordem tanto a prevenção quanto o controle da dengue. Isso inclui iniciativas de educação comunitária para promover práticas de prevenção, como a eliminação de criadouros do mosquito, e programas de vigilância para monitorar e controlar a população do vetor. Ações eficazes também envolvem a garantia de acesso a serviços de saúde adequados e a rápida resposta a surtos, minimizando assim o impacto da doença.
 
Ademais, a gestão municipal deve priorizar melhorias na infraestrutura, especialmente em áreas carentes, como a melhoria do saneamento básico, o gerenciamento eficaz de resíduos e a garantia de acesso contínuo à água limpa. Essas medidas não só contribuem para o controle da dengue, mas também promovem um ambiente mais saudável e sustentável, reduzindo a vulnerabilidade das comunidades às futuras ameaças de saúde pública.
 
Portanto, enquanto a dengue continua a ser uma ameaça significativa para as famílias carentes, a atuação assertiva e proativa da gestão municipal é essencial para proteger as comunidades mais vulneráveis. Através de estratégias integradas que combinam educação, prevenção, e melhorias infraestruturais, é possível mitigar os impactos devastadores da dengue e pavimentar o caminho para uma sociedade mais resiliente e saudável.
 
*Leonardo Rizzo é empresário e pré-candidato a prefeito de Goiânia pelo Novo

(Publicado originalmente no portal Aredação de Goiânia)

Rega-bofe de Zé Dirceu

Estadão reage à festa ‘rega-bofe’ de Zé Dirceu e pede que ‘Direita democrática’ enfrente “força retrógrada”

Por Direita online

17/03/2024


O editorial do Estadão desse sábado (16) faz uma crítica contundente sobre o contexto político da comemoração do 78º aniversário de José Dirceu, realizada em Brasília na última semana.

A festa contou a presença de figuras da política brasileira, como o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, o presidente da Câmara, Arthur Lira, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e o deputado Guilherme Boulos, pré-candidato à Prefeitura de São Paulo.

Interessados na sucessão de Lira no comando da Câmara, os deputados Elmar Nascimento, Marcos Pereira, Antonio Brito e Isnaldo Bulhões foram outros compareceram.

Lula não foi, mas, além de Alckmin, fez-se representar pelos ministros José Múcio Monteiro (Defesa), Fernando Haddad (Fazenda), Nísia Trindade (Saúde), Alexandre Padilha (Relações Institucionais ) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos).

Escreve o jornal: “O petista, devidamente ressocializado depois de ter sido preso três vezes, reuniu em torno de si boa parte da cúpula do poder numa mansão do Lago Sul, em Brasília. O beija-mão que se viu naquela festa mostrou que nenhum dos inúmeros reveses jurídicos e políticos de que Dirceu padeceu por ter se metido em toda sorte de malfeitos durante os primeiros mandatos do presidente Lula da Silva parece ter lhe tirado os ares de consigliere.”, disparou o jornal no início de seu editorial.

Segundo o texto, a presença de cerca de 500 convidados, incluindo políticos de diferentes espectros ideológicos, advogados, empresários e jornalistas, mostrou que Dirceu mantém sua influência mesmo após tantos reveses jurídicos e políticos. A descrição detalhada do banquete oferecido na festa, segundo o Estadão, contrasta com a gravidade dos crimes pelos quais Dirceu foi condenado, levantando críticas à postura daqueles que prestigiaram o evento.

“Nem parecia que os cerca de 500 convidados do aniversariante – entre os quais figuravam políticos de todos os matizes, advogados, empresários e jornalistas – estavam reunidos em torno de um criminoso condenado por delitos graves em várias instâncias do Poder Judiciário. Decerto a costelinha de porco, o feijão tropeiro, o sorvete do Pará e a perspectiva de poder oferecidos no banquete pareceram tão saborosos aos convivas que a vergonha passou longe dali.”

O texto reproduz parte do discurso de Dirceu durante a festa, no qual ele defende a reeleição de Lula em 2026 e mais um mandato petista até 2034, afirmando que o país tem apenas dez anos para implementar as ‘mudanças necessárias’.

Num discurso que soou quase como uma ameaça ao País que deseja se desenvolver social e economicamente com responsabilidade, Dirceu defendeu não só a reeleição de Lula em 2026, como ainda mais um mandato petista, no mínimo, até 2034. “Nós (os petistas) não temos mais 30, 40 anos. Nós temos dez anos para fazer as mudanças”, disse o aniversariante. “Nós não chegamos ao governo com maioria no País. Nós chegamos ao governo pelas circunstâncias históricas do bolsonarismo.”

O editorial ressalta a habilidade estratégica de Dirceu e o papel que ele continua a desempenhar no PT. “Deve-se reconhecer que José Dirceu, um dos líderes de facto do PT, segue sendo um dos mais argutos e lúcidos estrategistas políticos do partido. Sua clareza de diagnóstico sobre as circunstâncias excepcionalíssimas que permitiram a volta de Lula e do PT ao poder parece faltar ao próprio presidente da República.”

O texto conclui fazendo um apelo ao que o jornal chama de ‘direita democrática’ e ‘responsável’ para que se articule contra a ‘força retrógrada’ representada por Dirceu e pelo PT.

“Lula já está inclinado a retomar políticas que, comprovadamente, quase levaram o Brasil à ruína no passado recente, tanto pior será com alguém muito mais inteligente e capaz, como Dirceu, a seu lado nessa empreitada rumo ao atraso”.

E concluiu: “Para que não seja o País a sofrer com a ressaca, seria prudente que uma direita democrática e responsável se articulasse para enfrentar essa força retrógrada. Afinal, como o próprio Dirceu admitiu, caso a direita não tivesse sido sequestrada por um desqualificado como Bolsonaro, o PT jamais teria voltado ao poder.”, encerra o veículo sem explicar quem ele acredita representar a ‘direita democrática e responsável. Clique AQUI para ler na íntegra. E mais: Assista ao discurso de Dirceu abaixo!




Nossos Corais



Branqueamento de corais avança no Nordeste, mostra pesquisa

Monitoramento é feito na região de Tamandaré, em Pernambuco

18/03/2024

Da Agência Brasil

O fenômeno do branqueamento está avançando em recifes de corais do Nordeste brasileiro. O monitoramento feito na região de Tamandaré (PE), no setor norte da Área de Proteção Ambiental (APA) Costa dos Corais, mostra que as espécies mais sensíveis, os corais-de-fogo (Millepora sp.), já têm branqueamento “bastante extenso”, segundo a pesquisadora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Beatrice Padovani.

“As espécies mais resistentes, a gente observa que estão começando a ficar pálidas, mas não estão totalmente branqueadas. Algumas poucas espécies ainda resistem”, afirma Beatrice, que coordena o Programa Ecológico de Longa Duração Tamandaré Sustentável (Pels-Tams), responsável pelo monitoramento nesse trecho de litoral.

Na última semana, a Agência Brasil informou que uma nova onda global de branqueamento começava a afetar os recifes brasileiros, em locais como Tamandaré, Porto de Galinhas (PE) e a costa de Sergipe. 


Tamandaré (PE) - Coral Montastraea cavernosa no Recife Pirambu, na APA Costa dos Corais - Foto Fernando Frazão/Agência Brasil

Os corais são animais invertebrados marinhos capazes de se alimentar sozinhos, mas grande parte de sua dieta é obtida por meio de simbiose, ou seja, uma relação mutuamente benéfica, com as algas zooxantelas. A partir da realização da fotossíntese, esses seres unicelulares fornecem nutrientes para seus hospedeiros animais.

As zooxantelas também são responsáveis pelas cores dos corais. Quando a temperatura do mar sobe, no entanto, elas abandonam os animais e os deixam esbranquiçados. Sem os nutrientes oferecidos pelas algas, os corais podem até continuar vivos e se alimentando de micro-organismos por meses, mas sua saúde fica prejudicada, o que os torna mais suscetíveis a doenças e à morte.

“O branqueamento é um fenômeno natural que ocorre de várias maneiras, mas o branqueamento mais extenso geralmente se dá por uma anomalia térmica, quando a temperatura fica acima da média climatológica”, explica a pesquisadora. “A gente monitora o evento e o percentual da população que está sendo atingido. Acima de 50%, por exemplo, já é considerado branqueamento em massa”.


Ipojuca (PE) - Recifes cobertos com coral-baba-de-boi (Palythoa caribbaeorum) na área de pesquisa da Biofábrica de Corais em Porto de Galinhas - Foto Fernando Frazão/Agência Brasil

Alerta

O alerta para um branqueamento em massa global partiu da agência de meteorologia e oceanografia norte-americana, a NOAA, que monitora a temperatura dos oceanos. O comunicado mais recente, publicado na semana passada, adverte para 90% de probabilidade de branqueamentos em várias partes do mundo, de março a julho deste ano.

“Ultimamente a gente tem tido eventos cada vez mais frequentes. Se considerarmos os últimos dez anos, teve em 2016, 2019, 2020. Agora, em 2024, a gente vem com um evento que parece que vai ser bastante importante. Além da frequência maior, também há intensidade e persistência elevadas. É um aviso que a gente está tendo dos corais sobre a questão climática que afeta todo o mundo”, destaca a pesquisadora. “Eles podem nos dar alertas importantes sobre as mudanças climáticas. Não vão ser só os recifes de coral que serão afetados. É um alerta para a humanidade”.

Além de combater as mudanças climáticas que contribuem para a elevação da temperatura dos oceanos, outras medidas são importantes para melhorar a saúde dos recifes de corais, entre elas evitar o lançamento de esgoto no mar, reduzir o uso de plástico (que acaba chegando aos oceanos) e preservar ecossistemas associados como o manguezal e a restinga.

Edição: Graça Adjuto


Marco Aurélio e a Lava Jato

'UM RETROCESSO BRUTAL'

Marco Aurélio critica STF por ajudar a enterrar a Lava Jato

Ele também condenou iniciativa de Dias Toffoli de suspender multas bilionárias a empreiteiras que confessaram corrupção

18/03/2024


Ministro aposentado do STF Marco Aurélio (Foto: Felipe Sampaio/STF/Arquivo)

Por Davi Soares, do Diário do Poder

O ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, criticou a cúpula do Judiciário do Brasil por decisões que considera terem contribuído com o o sepultamento da maior operação de combate à corrupção da história do país, a Lava Jato. A declaração foi feita em entrevista ao jornal Estadão, publicada neste domingo (17).

Marco Aurélio Mello disse não haver dúvida alguma do papel decisivo do STF para enterrar a Lava Jato, que desencadeou o que ele classifica como um “retrocesso brutal no combate à corrupção”. E citou como exemplo de momento decisivo do esmorecimento da atuação da Justiça contra o escândalo bilionário de corrupção na Petrobras a declaração de incompetência do juízo da 13.ª Vara Criminal do Paraná para julgar o caso chamado de “petrolão”.

“O que eu acho é que houve uma concepção equivocada por parte do Supremo. Só não houve a mesma concepção quanto ao Mensalão porque foi o Supremo quem julgou, aí evidentemente o tribunal ficaria muito mal na fotografia se viesse a declarar vícios na investigação e no próprio processo-crime”, disse Marco Aurélio, ao Estadão.

O ministro aposentado também não poupou de crítica a decisão de Dias Toffoli de suspender o pagamento das parcelas dos acordos bilionários de leniência firmados pela J&F e pela Odebrecht, após confessarem esquemas de corrupção, na Lava Jato. E atribuiu tal fato aos atuais “tempos estranhos” de intensa insegurança jurídica, em que partes de processo que firmaram acordo terem o dito pelo não dito, em uma transformação do certo em errado.

Marco Aurélio ressalta que as defesas e os acusados na Lava Jato sempre estiveram defendidos, foram ouvidos mediante técnicos no âmbito do Direito, sem intimidação e coação.

“As empresas que fizeram acordo foram intimidadas? Elas tiraram, por exemplo, as multas do capital de giro? Não. Foi dinheiro que entrou indevidamente na contabilidade dessas empresas. Imaginar que aqueles que formalizaram os acordos estiveram pressionados, intimidados e coagidos não se coaduna com a realidade”, concluiu o ministro.


O talento do tempo - texto/crônica do Momento Espírita de hoje


O talento do tempo

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No livro bíblico do Antigo Testamento, Eclesiastes, encontramos notável passagem reflexiva a respeito do tempo.

Diz-nos que há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu: tempo para nascer e tempo para morrer. Tempo para plantar e tempo para colher. Tempo para destruir e para construir de novo. Tempo para chorar e tempo para rir. Tempo para calar e tempo para falar.

O tempo, em essência, é um tesouro. Diferente dos tesouros amoedados, que podem ser juntados e guardados, ele não tem essa potencialidade.

Seu valor está estreitamente ligado ao aproveitamento que dele fazemos, enquanto se apresenta para nós.

Se deixamos passar o tempo ou se quisermos atropelá-lo, não respeitando os momentos certos para agir, falar ou calar, provocamos problemas e dores para nós e para os que nos rodeiam.

Um exemplo de sabedoria na utilização do tempo vemos na natureza. Em cada estação ela se apresenta de maneira diferente para atender aos seres que dela necessitam.

Por isso, há floradas na primavera, mas também as há no inverno, desde que os indivíduos do reino vegetal se adaptaram às condições e ao ciclo do tempo.

No outono, as folhas caem, as árvores se vestem em tons pastéis, conferindo novo encanto à paisagem.

Da mesma forma, o mundo animal tem seus ciclos de procriação, de migração, em perfeita harmonia com o tempo e com as leis divinas.

*   *   *

Recebemos de Deus, em cada existência, o talento, ou seja, a moeda do tempo. Dele nos servimos para os papéis que devemos desempenhar, na escola temporária da existência, buscando desenvolver o nosso intelecto e a nossa moralidade.

Os trabalhos e papéis que nos são ofertados são bênçãos de oportunidades. Os desgostos e as dores são recursos educativos na oficina da evolução.

Quando deixamos de empregar os minutos e as horas em prol do nosso crescimento e iluminação espiritual, estamos dilapidando o tesouro dos segundos.

Simplesmente matando o tempo, em nosso cotidiano, burlando a lei do trabalho e do progresso, nos candidatamos a repetir no agora, mais tarde, ou no depois mais distante, as lições hoje malbaratadas.

De toda forma, tudo que desperdiçamos, nos fará falta em algum momento.

Por isso, quando alguns de nós, depois de anos jogados ao léu, optamos por fazer algo de construtivo, útil, dos nossos dias, descobrimos que nos faz falta o tempo.

Então, dizemos: Gostaria de poder fazer mais, no entanto, sinto que me faltará o tempo nesta vida.

*   *   *

Lembrando a parábola dos talentos, que nos fala de quem duplicou o que recebeu e daquele que enterrou a preciosa moeda, sejamos aquele que deseja utilizar muito bem o tesouro em nossas mãos.

Valorizemos o tempo e as oportunidades de cada dia, transformando esse tesouro em luz espiritual a nos iluminar a trajetória evolutiva.

Quem sabe até, se o utilizarmos com sabedoria, nos tornemos tão úteis a este mundo que possamos ter dilatado nosso tempo por aqui.

Pensemos a respeito.

Redação do Momento Espírita
Em 18.3.2024


Bandidos poderosos

Leio uma postagem de Deltan Dellagnol

*****

Bandidos poderosos deveriam estar atrás das grades

***** 

A cidade amanhceu hoje coberta de uma bela neblina...

Tudo tão diferente nos dias de hoje...

*****

Entre as neblinas, ou mais longe: entre as nuvens..., vejo uma postagem do ex-deputado Deltan Dallagnol afirmando que "bandidos poderosos deveriam estar atrás das grades".


"São 10 anos da Operação Lava Jato: dez anos da operação que, pela primeira vez na história do Brasil, teve a coragem de colocar políticos corruptos na cadeia.

Infelizmente, o STF preferiu retirá-los de lá, transformando o sonho de justiça em um mar de impunidade. Mas não devemos desistir do Brasil. Vamos, juntos, lutar para que os bandidos poderosos voltem para onde deveriam estar: atrás das grades."


domingo, 17 de março de 2024

Poesia - A cortina da janela


A CORTINA DA JANELA

(Vladimir Polízio)


Vento brando na janela

Semiaberta, no terraço,

Sussurra em doce compasso

Às madeiras de sentinela!

 

No vai-e-vem que se converte

Entre uma e outra, que avança,

Passa a brisa que alcança

A cortina que estava inerte!

 

E ao som sublime e discreto,

Desse concerto modesto,

A seda dança, suave e bela!

 

É outono se aproximando

E com discrição balançando

A cortina da janela!


Onde está o magnetismo? - Artigo

Onde está o magnetismo?

Fonte/texto do Limiar Espírita

06-10-2010




Considerando que a Terra é um magneto gigante e possui, por isso, uma forte atração, e que, por extensão, tudo o que há nela também manifesta seu grau relativo de magnetismo, de força viva, vamos entender que qualquer corpo animal, vegetal ou mineral, igualmente, tem sua parcela de energia.

Como carregamos conosco uma porção dessa força, fica evidente que todos nós estamos sujeitos à interferência, tão conhecida na matéria, provocada não só pelas mudanças do tempo, como também em relação a tudo o que gravita no espaço (lua, astros, o próprio planeta, etc...), esse belo infinito desconhecido de cor azul, que chamamos de céu, mas que, na realidade, nem existe.

Testemunhamos, diariamente, alterações ocasionais que implicam na saúde orgânica das pessoas, na influência dos partos, na eclosão de ovos por ocasião da incubação, na poda de plantas, no plantio de mudas, na enxertia, na semeadura, no corte e conservação de madeiras, na propagação das ondas de rádio, etc.

“Estamos presos, diante de Deus, pelo magnetismo Divino, tanto quanto as estrelas que se imantam umas às outras, no império Universal” .

Assim, a Terra, apresentando-se como um imenso magneto e possuindo sua energia específica, transmite sua parcela elétrica e palpitante a todos os reinos da natureza. Portanto, outro não poderia ser o resultado, que não o magnetismo presente no comportamento das pessoas, animais, aves, peixes, plantas e minerais.

O magnetismo é um conjunto de fenômenos associados às forças produzidas entre circuitos em que há uma corrente elétrica.

Através do magnetismo é possível conhecer a disposição individual do homem e a interferência em suas atividades diárias, não só nas questões de relacionamento conjugal, como no trato social, na área profissional, na saúde, no humor e no bem-estar.

Acontece que as reações são tão naturais quanto o ato de andar e acabam passando despercebidas, pois todos estão envolvidos nesse feixe vibratório e achando por isso mesmo normal, como normal é saber que os peixes só vivem na água.

O magnetismo está, então, em tudo. Faz parte do fluido universal, que é a fonte e o princípio básico de todos os fluidos.

São dois os aspectos que precisam ser avaliados e conhecidos.

Levando em conta que o magnetismo é energia e força ativa, é entendido, com justa razão, como dividido em duas fontes básicas e distintas: o magnetismo humano (anímico ou animal) e o magnetismo espiritual (cósmico ou astral).

A teoria sobre o magnetismo animal é atribuída a Franz Anton Mesmer (1733-1815), materialista e médico alemão. Sua tese foi firmada no fluido universal, que, segundo dizia, era de uma sutileza sem comparação e que penetrava todos os corpos, sendo o agente do magnetismo.

Vale lembrar as palavras de Kardec:

“O magnetismo é uma força natural, e que, diante das forças da Natureza, o homem é um pigmeu semelhante a esses cãezinhos que ladram, inutilmente, contra o que os assusta” .

Léon Denis (1846-1927), consagrado estudioso dos assuntos da espiritualidade e sabedor da influência à nossa volta, lembra que “Tudo o que está em nós, está no Universo e tudo o que está no Universo encontra-se em nós”, ao referir-se sobre a complexidade do ser humano, onde estão centrados todos os elementos da natureza, todas as potências do Universo.

Fonte/texto do Portal Limiar Espírita


A casa mental - texto/crônica do Momento Espírita


A casa mental

*****

Nossa mente é como uma casa. Pode ser grandiosa ou pequenina, suja ou cuidadosamente limpa. Depende de nós.

Você já observou como agimos com relação aos pensamentos que cultivamos?

Em geral, não temos com a mente o cuidado que costumamos dispensar aos ambientes em que vivemos ou trabalhamos.

Quem pensaria em deixar sua casa ou escritório cheio de sujeira, acumulando lixo ou tomado por ratos e insetos?

Certamente ninguém.

No entanto, com a casa mental somos menos atenciosos. É que permitimos que pensamentos infelizes e maus sentimentos encontrem morada em nosso coração.

E como fazemos isso?

Agimos assim quando permitimos que tenham livre acesso às nossas mentes os pensamentos de revolta, inveja, ciúme, ódio.

Ou quando cultivamos desejo de vingança, rancor e infelicidade.

Nesses momentos, é como se enchêssemos de sujeira a mente. Uma pesada camada de pó cobre a alegria e impede que estejamos em paz.

Além da angústia que traz, a mente atormentada influencia diretamente o corpo, acarretando doenças e sofrimentos desnecessários.

E pior: contribui para o isolamento.

Sim, porque as pessoas percebem quando não estamos bem espiritualmente.

O azedume de nossas palavras, o rosto contraído, tudo faz com que os outros desejem se afastar de nós, agravando nossa infelicidade.

E o que fazer para impedir que isso aconteça?

A resposta foi dada por Jesus: Orar e vigiar.

A vigilância é essencial para quem deseja a mente saudável.

Nossa tarefa é observar cada pensamento que se infiltra, analisar a natureza dos sentimentos que surgem.

E, principalmente, estar alerta para arrancar como erva daninha tudo o que pode nos prejudicar.

Dado esse primeiro passo que é a vigilância, é importantíssimo estar atento para a segunda recomendação de Jesus: A oração.

Quando identificamos dentro de nós os feios sentimentos, as más palavras e os pensamentos desequilibrados, sempre podemos recorrer à oração.

A prece é um pedido de socorro que dirigimos ao Divino Pai. Quando nos sentimos frágeis para combater os pensamentos infelizes, é hora de pedir auxílio a Deus.

É tempo de falar a Ele sobre a fraqueza que carregamos ou a tristeza que nos abate. É o momento de pedir força moral.

E o Pai dos Céus nos enviará o auxílio necessário.

Mas... de nossa parte, é importante não haver acomodação. É preciso trabalhar para ser merecedor da ajuda que Deus nos manda.

Como fazer isso? Contrapondo a cada mau pensamento os vários antídotos que temos à nossa disposição: as boas atitudes, o sorriso, a alegria, as boas leituras.

Em vez da maledicência, a boa palavra, as conversas saudáveis.

No lugar da crítica ácida, optar pelo elogio ou pela observação construtiva.

Se surgir um pensamento infeliz, combatê-lo com firmeza.

*   *   *

Não se deixe escravizar.

Se alguém o ofender ou fizer mal, procure perdoar, esquecer. E peça a Deus a oportunidade de ser útil a essa pessoa.

Não esqueça: todo dia é excelente oportunidade para iniciar a limpeza da casa mental. Comece agora mesmo.

Redação do Momento Espírita Disponível no CD Momento Espírita, v. 13, ed. FEP.
Em 30.3.2023.


sábado, 16 de março de 2024

Namorado - poema de Maria de Lourdes Barni


 Maria de Lourdes Barni*

Namorado 

Acordei bem tristonha,

Sem saber o porquê,

Pode ser a mente que sonha,

Vou desistir de você.

Não quero mais ser triste,

Mas você me faz assim,

Acabou, já não mais existe,

Esse pavor que dá em mim.

Vou voltar a ser muito feliz,

Cantar o fado com alta voz,

Não vou mais ser um triz

Deixar que a voz seja feroz

Quem sabe ter um NAMORADO

Que me aprecie mesmo de fato,

Sem vínculo de todo marcado,

Ter atos felizes e ser bem cordato.

Malu


(*Maria de Lourdes Barni é brasileira, residente em Portugal. Engenheira Civil e poetisa, casada com Miguel Teixeira. Mora na cidade de Braga/Portugal.)

 

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