domingo, 19 de outubro de 2014

Líder do PPS vai cobrar explicações do IPEA sobre não publicação de estudo econômico

















O líder do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PR), criticou o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada-IPEA pela não publicação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios-PNAD de 2013 e adiantou que apresentará um requerimento de informação cobrando explicações do órgão. Para o parlamentar, o pedido de demissão do diretor de Estudos e Políticas Sociais, Herton Araújo, levanta suspeitas sobre os reais motivos da não publicação e afirmou que tudo leva a crer que o estudo pode prejudicar, ainda mais, a campanha de Dilma Rousseff.

O deputado destacou que pesquisas independentes apontam que a miséria parou de cair no país e que o levantamento do IPEA deve apontar para essa tendência. Ele lembrou que os dados, caso confirmem a queda, colocará em cheque uma das principais bandeiras de Dilma Rousseff que é a erradicação da miséria no país. Segundo Bueno, a decisão do órgão aponta para uma tentativa de não prejudicar ainda mais a candidatura da atual presidente.

 
“A interpretação que fazem da lei eleitoral é questionável ao ponto de um ex-ministro do STF dar declaração dizendo não entender o motivo pelo qual o estudo não é divulgado. Para mim parece bastante óbvio o objetivo do governo que é o de não prejudicar a campanha de Dilma. A princípio a lei proíbe veiculação de propaganda institucional em período de eleição, o que definitivamente não é o caso. A simples divulgação de dados de uma pesquisa econômica não pode ser considerada propaganda”, disse.

Rubens Bueno afirmou que o governo sistematicamente engana a população com propagandas mentirosas. “Volto a repetir. Esse é o governo do marketing, onde o país vive às mil maravilhas enquanto que na verdade tudo vai mal. A administração petista está destruindo o Brasil. A sociedade tem o direito de saber o conteúdo desse estudo. Até mesmo porque ele pode desmascarar mais uma mentira deste governo, que é o da erradicação da pobreza. O que eles fazem com órgãos públicos de credibilidade como o IPEA é vergonhoso”, criticou.

Segundo publicado neste sábado por veículos de comunicação, Herton Araújo discordou da decisão do IPEA de não publicar o estudo sobre a evolução do número de miseráveis na gestão Dilma e colocou o seu cargo à disposição. O Instituto teria alegado que a divulgação fere a legislação eleitoral.

    

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