domingo, 21 de abril de 2024

Carga inútil - texto/crônica do Momento Espírita de hoje


Carga inútil

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Certo dia, um professor, atento ao comportamento dos seus alunos, observou que poderia ajudá-los a resolver alguns problemas de cunho íntimo e propôs uma atividade.

Pediu a todos que levassem uma sacola e algumas pedras, de vários tamanhos e formas para a próxima aula.

No dia seguinte, orientou que cada um escolhesse uma pedra e escrevesse nela o nome de cada pessoa de quem sentiam mágoa, inveja, rancor, ou ciúme. A pedra deveria ser escolhida conforme o tamanho do sentimento.

Depois que todos haviam terminado a tarefa, o professor pediu que colocassem as pedras na sacola e a carregassem junto ao corpo para todos os lugares onde fossem, dia e noite.

Se alguma pessoa viesse a lhes causar sofrimento ainda intenso, eles poderiam substituir a pedra por uma maior. E se uma nova pessoa os magoasse, deveriam escolher uma nova pedra, escrever o nome dela e colocar na sacola.

E quem resolvesse o problema com algumas das pessoas cujos nomes haviam escrito nas pedras, poderiam retirar a pedra e lançá-la fora.

Assim foi feito. Algumas sacolas ficaram cheias e muito pesadas, mas ninguém reclamou.

Naturalmente, com o passar dos dias, o conteúdo das sacolas aumentou em vez de diminuir.

O incômodo de carregar aquele peso se tornava cada vez mais evidente.

Com o passar dos dias os alunos começaram a mostrar descontentamento. Afinal de contas, estavam sendo privados de muitos movimentos, pois as pedras pesavam e alguns ferimentos surgiram, provocados pelas saliências de algumas pedras.

Para não esquecer a sacola em nenhum lugar, os alunos deixavam de prestar atenção em outras coisas que eram importantes para eles.

Passado algum tempo, os alunos pediram uma reunião com o professor e falaram que não dava mais para continuar a experiência, pois estavam cansados de carregar aquele peso morto e alguns ferimentos incomodavam.

O professor, que já aguardava pelo momento, falou-lhes com sabedoria:

Essa experiência foi criada para lhes mostrar o tamanho do peso espiritual que a mágoa, a inveja, o rancor ou o ciúme ocasionam.

Quem mantém esses sentimentos no coração, perde precioso tempo na vida, deixa de prestar atenção em fatos importantes, além de provocar enfermidades como consequência.

Esse é o preço que se paga todos os dias para manter a dor e os sentimentos negativos que desejamos guardar conosco.

Agora a escolha é sua. Vocês têm duas opções: jogam fora as pedras ou continuam a mantê-las diariamente, desperdiçando forças para carregá-las.

Se vocês optarem pela paz íntima terão que se livrar desses sentimentos negativos.

Um a um os alunos foram se desfazendo das pesadas sacolas e todos foram unânimes em admitir que estavam se sentindo mais leves, em todos os sentidos.

A proposta era de deixar com as pedras os ressentimentos que cada uma delas representava. E isso dava a cada um a sensação de alívio.

Por fim todos se abraçaram e confessaram que naquele gesto simples descobriram que não vale a pena perder tempo e saúde carregando um fardo inútil e prejudicial.

*   *   *

Seja qual for a dificuldade que te impulsione à mágoa, reage, mediante a renovação de propósitos, não valorizando ofensas nem considerando ofensores.

Redação do Momento Espírita com base em história de autoria desconhecida e no verbete Mágoa, do livro Repositório de sabedoria, v. 2, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

Em 16.11.2011.


sábado, 20 de abril de 2024

O Município a serviço da segurança pública - artigo de Ynaê Siqueira Curado*


O Município a serviço da segurança pública

Ynaê Siqueira Curado*

A segurança pública neste ano estará no centro do debate político que acontece por ocasião das eleições municipais. Acabou essa conversa de que o Município tem uma função superficial na administração do mais grave problema brasileiro. Não se trata de invadir a competência constitucional dos Estados e da União, mas de afirmar que os governos locais podem e devem agir com personalidade na elaboração de políticas de segurança pública.

Em linha geral, o governo das cidades faz política de segurança pública ao cumprir seu dever básico de administração do espaço urbano. Então, se traduz em segurança as ruas limpas, bem pavimentadas e iluminadas; a fiscalização do uso e ocupação do solo; o controle do tráfego de veículos e das áreas de entretenimento; ações no segmento de habitação e urbanismo nos bairros de moradia precária; realizações de proteção ambiental e do patrimônio histórico; boa educação pública é fundamental e a criação de espaços de esporte e lazer qualificados complementam as chamadas políticas gerais.

O Estatuto Geral das Guardas Municipais (GM), lei de 2014, ao estabelecer a competência dessas instituições, indicou o caminho que deve ser seguido na execução das políticas locais de segurança pública. São 18 definições de áreas de atuação, com destaque para a prevenção e o combate ao crime. Acabou aquela ideia de que a Guarda Municipal é apenas um enfeite em praça pública. A lei autoriza, e a prefeitura deve instituir a GM para cuidar da segurança do bem mais valioso que é a vida das pessoas.

O Governo de Goiás tem executado uma política de segurança pública de resultados que nunca outro Estado brasileiro realizou desde a Nova República, inaugurada em 1985. É hora de aproveitar o bom momento e pautar o trabalho de cooperação estadual em programas de inteligência policial, por exemplo. São iniciativas simples, como uma central de informação 24 horas de patrulhamento digital por câmeras, que pode identificar imediatamente a ocorrência do crime, como assaltos e pontos de tráfico de drogas, e proporcionar, com inteligência, ação de prontidão das forças de segurança.

No mesmo sentido, e o tema será tratado no debate político, é obrigação do governo municipal buscar os recursos disponibilizados pelo Ministério da Justiça (MJ) para programas locais de segurança pública. Basta elaborar o projeto correto dentro do que preconiza o Sistema Nacional de Segurança Pública que a previsão orçamentária existe. Há um fundo especialmente destinado ao investimento no setor no MJ e um mecanismo estabelecido de planejamento, que são os Gabinetes de Gestão Integrada Municipais. É só instituir a política e buscar o recurso para o Município cumprir sua obrigação de cuidar da segurança do cidadão.

Por fim, gostaria de expressar meu agradecimento ao Governador de Goiás e ao Comandante do 37º Batalhão da Polícia Militar, Major Castro, pela significativa redução dos crimes em Pirenópolis, Goiás.

*Ynaê Siqueira Curado é advogada, empresária, produtora rural e vereadora de Pirenópolis (UB)

(Artigo publicado originalmente no Portal aredacao.com.br de Goiânia)


O milagre do amor - texto do Momento Espoírita de hoje


O milagre do amor

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Percebendo as árduas lutas por que passam seus irmãos na face da Terra, um Espírito benfeitor ditou uma mensagem que intitulou O milagre do amor, e que é mais ou menos assim:

Quando a dúvida lhe chegue, maliciosa, indague ao amor qual a conduta a seguir.

Quando a saudade avizinhar-se, tentando macerar-lhe o coração, refugie-se no amor e deixe que as recordações felizes iluminem a noite em que você se encontra.

Quando a aflição aturdir-lhe o íntimo, chame o amor, para que a calma e a confiança predominem nas suas decisões.

Quando a suspeita buscar aninhar-se em seu coração, dirija o pensamento ao amor e a paz dominará as paisagens dos seus sentimentos.

Quando a cólera acercar-se da sua emotividade, recorde-se do amor e suave balada de entendimento se lhe fará ouvida na acústica da alma.

Quando o abandono ameaçar estraçalhar-lhe os sonhos, ferindo-lhe a alma, busque o amor, que lhe dará fortaleza para prosseguir, embora a sós.

Em qualquer situação, dirija-se ao amor.

Só o amor possui o correto entendimento de todas as coisas e fala, em silêncio, a linguagem de todos os idiomas.

O brilho de um olhar, um sorriso de esperança, um gesto quase imperceptível...

Um movimento rítmico, um aceno, a presença do ausente...

Um toque, a música de uma palavra só o amor logra transformar em bênção.

Feito de pequenos nadas, o amor é a força eterna que embala o príncipe no leito dourado e o órfão na palha úmida.

O amor é o único mecanismo que conduz o fraco às tarefas gigantescas, que impulsiona o progresso real; que dá dignidade à vida; que impele ao trabalho de reverdecer o pantanal e o deserto...

Que concede alento, quando a morte parece dominar soberana...

O amor é vida, sem o qual perderia o sentido e a significação.

Quando se ama, a noite coroa-se de astros e o dia se veste de sorrisos.

O amor colore a palidez do sofrimento e o erradica.

Sem este milagre, que é o amor, não valeria a pena viver.

Em tudo está a presença do amor que provém de Deus e é Deus.

Descubra o amor, e ame.

Ame e felicite-se, colocando na estrada do amor sinais de luz, a fim de que nunca mais haja sombra por onde o amor tenha transitado a derramar claridade.

Por tais razões, Jesus Cristo reuniu toda a lei e todos os profetas num só mandamento, cuja estrutura comportamental e finalidade última é o "amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo".

*  *  *

O amor é de essência divina, e todos nós, do primeiro ao último, temos, no fundo do coração, a centelha desse fogo sagrado.

Portanto, não tenhamos medo de amar. 

Redação do Momento Espírita com base no cap. 4, do livro Em algum lugar no futuro, pelo Espírito Eros, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 4, ed. FEP
Em 20.4.20


sexta-feira, 19 de abril de 2024

Covardia

‘Pacheco é o presidente mais covarde da história do Congresso’, diz presidente do Novo

A crítica ocorreu após o Parlamento Norte-Americano questionarem bloqueios de contas do X, antigo Twitter realizados no Brasil a pedido do STF


Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. (Foto: Marcos Brandão/Agência Brasil).

Mael Vale, do Diário do Poder

O presidente nacional do Partido Novo, Eduardo Ribeiro, afirmou nesta quinta-feira (18) que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), será lembrado como o “presidente mais covarde da história do Congresso Nacional”.

A crítica de Ribeiro ocorreu após a revelação de decisões do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, classificadas como “censura” pelo parlamento Norte-Americano.

Os parlamentares questionaram os bloqueios de contas do X, antigo Twitter realizados no Brasil a pedido do STF.

Ribeiro publicou uma postagem do criador de conteúdo digital Leandro Ruchel que destacou que Congresso brasileiro foi omisso sobre o tema e que isso é “vergonhoso”.


Cara, o cara é gastador!

Governo Lula já gastou R$277 milhões em viagens, com apenas três meses e meio deste ano


As despesas não incluem gastos de Lula, Janja e de ministros de Estado. Todos viajam de jato da FAB, com gastos mantidos sob sigilo. (Foto: FAB)

Após apenas três meses e meio neste ano de 2024, o governo Lula (PT) já conseguiu gastar mais de R$277,4 milhões somente em viagens de seus funcionários, incluindo comissionados, terceirizados e até “convidados”. O total engloba as despesas com passagens e especialmente diárias, que são pagamentos feitos aos funcionários para remunerar os gastos na viagem. Os gastos com bilhetes fazem a festa das empresas aéreas: mais de R$108,8 milhões. Até agora.

Viagem é diária

As diárias pagas a funcionários custaram mais de R$166 milhões aos pagadores de impostos, nos primeiros 105 dias do terceiro governo Lula.

Despesa histórica

Ano passado, o governo petista bateu recorde; nunca antes essas viagens custaram tanto. Foram quase R$2,3 bilhões voando por aí.

Gastos secretos

As despesas não incluem gastos de Lula, Janja e de ministros de Estado. Todos viajam de jato da FAB, com gastos mantidos sob sigilo.

(Com informações da Coluna do jornalista Cláudio Humberto, de hoje) 


Nem cedo, nem tarde - texto/crônica do Momento Espírita de hoje

Nem cedo, nem tarde

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Nem cedo, nem tarde.

O presente é hoje.

O passado está no arquivo.

O futuro é uma interrogação.


Faça hoje mesmo o bem que escolheu fazer.

Se você tem algo a entregar, entregue isso agora.

Se deseja apagar um erro que cometeu, consciente ou inconscientemente, procure sanar essa falha sem demora.

Caso se sinta na obrigação de escrever uma carta, uma mensagem, não deixe que caia no esquecimento.

Na hipótese de idealizar algum novo trabalho que poderá ser de utilidade geral, não adie a sua realização.

Se alguém lhe ofendeu, desculpe e esqueça, para que não siga adiante carregando sombras no coração.

Auxilie os outros, enquanto os dias lhe favorecem.

Faça o bem agora, pois, na maioria dos casos, "depois" significa "fora do tempo" ou "tarde demais".

*   *   *

A vida é breve, a alma é vasta, já dizia o grande poeta português, Fernando Pessoa.

A existência na Terra é um sopro. Tudo passa muito rápido.

Além disso, chegamos sem saber quando será o instante da volta.

Algo providencial, assim como o esquecimento do passado, pois isso nos dá a grande lição do recomeço e da urgência.

O recomeçar deixando seja lá o que fizemos e o que fomos para trás; a urgência de aproveitar a oportunidade ao máximo.

Não confundamos urgência com a pressa que vem acompanhada da ansiedade. A urgência aqui é no sentido de prontidão, iniciativa e importante necessidade.

Realmente, não sabemos quanto tempo temos. Saímos para o trabalho, fazemos uma breve viagem, vamos à panificadora. Quem garante que iremos voltar?

Não se trata de nos aterrorizarmos e ficarmos aguardando o instante da morte a qualquer momento, mas de entendermos que se trata de um fenômeno natural e que não sabemos o que está em nosso planejamento reencarnatório.

Adiar questões importantes da vida será sempre uma aposta arriscada. Deixar mais para frente aquilo que sonhamos ou que nosso coração pede que realizemos sempre será uma jogada duvidosa.

Vejamos que, muitas vezes, a intuição nos é muito clara: Faça agora! Diga! Vá até lá! Telefone para Fulano, converse um pouco.

Ignoramos as intuições, porque deixamos que elas se misturem às atribulações e às preocupações menores. E lá se vão grandes oportunidades.

Nem cedo, nem tarde, a hora é agora.

Reflitamos sobre tudo aquilo que vai no coração. Aquilo que acreditamos ser importante realizar ou mudar em nossa vida. Não enchamos a vida de quando eu... Ou depois que eu...

A frustração de chegarmos no plano espiritual, mais uma vez, deixando questões importantes para trás, atravessa o peito como espada incandescente.

Culpa, decepção, arrependimento. Não queremos isso em nosso Espírito já tão marcado pelos acontecimentos dos tempos passados.

Realizemos agora. Comecemos hoje. Um primeiro passo pelo menos.

Façamos do dia de hoje um dia único. Surpreendamos aos outros e nos surpreendamos.

Lembremos sempre:

Faça o bem agora, pois, na maioria dos casos, "depois" significa "fora do tempo" ou "tarde demais".

Redação do Momento Espírita com base no cap. 3, do livro Hora certa, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. GEEM.
Em 19.4.2024.


quinta-feira, 18 de abril de 2024

Novo artigo de Dartagnan da Silva Zanela

 

Bukowski diante das areias do tempo

  • 17/04/2024



Dartagnan da Silva Zanela*

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O filósofo argentino José Ingenieros, em seu livro "Las fuerzas morales", nos lembra que cada época tem que lutar para reconquistar a história. As pessoas de todos os tempos, dentro de suas circunstâncias, devem esforçar-se nessa empreitada.

O conhecimento, por sua natureza, encontra-se espalhado pela sociedade, em repouso sobre incontáveis fragmentos, como se fosse um oceano de areia diante do horizonte da existência e, cada geração, deve procurar reconstruir, com as areias do tempo, o palácio da memória, o templo da história porque, sempre, cedo ou tarde, vem a roda-viva e sopra novas circunstâncias em nossa vida mal vivida, que vão erodindo todo o trabalho que foi realizado por nós e pelas gerações que nos antecederam.

A cada nova circunstância que se apresenta, é necessário que procuremos atualizar a nossa visão do passado, para que possamos melhor compreender o momento presente e, principalmente, a nós mesmos. Nesse sentido, podemos afirmar, sem medo de errar, que a história é sempre reescrita. Sempre.

É importante lembrarmos que reescrever a história não significa, de jeito-maneira, esculachar os historiadores de antanho, supostamente desmentindo-os, muito menos fantasiar uma nova narrativa a respeito do caminho que foi percorrido pelos nossos antepassados. Nada disso cara pálida. Reescrever a história é o ato de aprofundar, com esmero, o que nos foi legado pelos estudos realizados pelos historiadores das gerações anteriores, corrigindo os erros e equívocos que porventura eles tenham cometido para, deste modo, darmos uma modesta contribuição nessa obra de perene construção que é o desvelamento da verdade.

Nesse sentido, todo sujeito que vem com aquela conversa azeda de que tudo o que até então foi ensinado a respeito de algo é mentira e que ele, elezinho, vai apresentar para todos a verdade que foi até então escondida, na real, esse tipo de caboclo não sabe o que é história, ignora por completo o que seja a verdade e, obviamente, não compreende a problemática e conflituosa relação que existe entre o conhecimento da verdade e a construção do conhecimento histórico (que, aliás, é um trem pra lá de divertido).

Além disso, quando nos portamos desse modo, estamos a transparecer toda a soberba que envenenou a nossa minguada inteligência e envaideceu o nosso limitado olhar e isso, frequentemente acontece, quando desistimos de querer compreender a vida à luz da história, para querermos enquadrar a história no molde torto de uma ideologia qualquer.

Se procedermos dessa maneira enviesada, não estaremos a reescrever a história a partir das circunstâncias presentes; estaremos sim, a reeditar o passado para que aponte para o fim último que é indicado pela ideologia na qual depositamos nossas esfarrapadas esperanças, ideologia a qual colocamos indevidamente no lugar da busca amorosa e abnegada pelo conhecimento da verdade.

Se seguirmos por essa vereda, a história acabará por ser reduzida à feição de um ídolo sem vida que, no máximo, servirá apenas para justificar nossos disparates apoquentados do momento.

Para realizarmos essa tarefa, de reconquistar o passado, de forma diligente, é preciso que nos refugiemos naquele lugar que há em nosso coração que, segundo o poeta Charles Bukowski, nunca será preenchido. É nesse jardim secreto que devemos, de tempos em tempos, refazer os castelos de areia do saber histórico, e drenar os pântanos da ignorância presunçosa, para podermos contemplar o ziguezaguear dramático da ventura e da desventura humana através do tempo.

Mas, infelizmente, nós não queremos, realmente, conhecer a musa da história, não é mesmo? Não mesmo. No fundo, o que queremos é ter apenas uma e outra informação histórica para esfregar nas ventas dos nossos adversários e desafetos para, ao final, podermos vencer os bate-bocas da vida sem, necessariamente, termos que utilizar o tal do bom senso e, muito menos, a dita-cuja da razão.

Não é à toa, nem por acaso que frequentemente, sem que percebamos, a história se repete.

*O autor, Dartagnan Zanela, é professor, escrevinhador e bebedor de café, autor de "REFAZENDO AS ASAS DE ÍCARO", entre outros livros.


Estamos perdendo a liberdade. E sabemos - artigo do jornalista e escritor Percival Puggina


Estamos perdendo a liberdade. E sabemos.

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Percival Puggina*

O ministro Alexandre de Moraes afirmou ao Senado Federal, sorrindo como quem se diverte no que diz: “Antes das redes sociais, éramos felizes e não sabíamos”.

É desconhecido o motivo pelo qual coube ao ministro a tarefa de levar para o Legislativo o anteprojeto do novo Código Civil. Já escrevi antes que o STF se tornou uma esponja de prerrogativas e que o ministro faz o mesmo dentro do STF. Em seu pronunciamento, ele retomou sua ideia fixa e proferiu a frase que repercutiu sobre tudo mais que tenha dito na solenidade. Primeiro, porque o sorriso contraria o dito; segundo, porque ninguém se dedica tanto a um combate sem trégua se não apreciar o enfrentamento.  

O episódio me levou a avaliar meu próprio estado de espírito perante a pretensa infelicidade de Sua Excelência. Eu era feliz antes das redes sociais. Escrevi durante quatro décadas, como articulista de opinião, para os dois principais jornais do Rio Grande do Sul. Eu tinha esse privilégio de pertencer ao reduzido grupo dos influenciadores da opinião pública do meu estado. Nos últimos 10 anos desse período, como articulista dominical de Zero Hora, fui um singular sinal de “pluralismo” diante do esquerdismo das opiniões impressas.

Com o advento das redes sociais, vi a luz da liberdade de opinião chegar às multidões. Isso me tornou ainda mais feliz! A liberdade abriu suas asas sobre nós e um pluralismo sadio iluminou as consciências para a efetiva liberdade de escolha. O que era possibilidade de uns poucos se multiplicou em proporções inimagináveis e vivi a graça de desfrutar da verdadeira explosão de talentos até então ocultos pela hegemonia dos grandes e velhos meios de comunicação.

Somente alguém insensível ou aferrado às conveniências daquela hegemonia pode se opor a tal liberdade impondo-lhe freios e arreios. Somente a sede de poder explica o anseio por reitorar essa liberdade entregando a verdade a seus usufrutuários como prato feito, em serviço de delivery, sob pena de pesadas, automáticas e irrecorríveis sanções.

Pior do que isso. Não são apenas a nebulosa e arisca verdade e o controverso fato que correm o risco de ser proclamados por um definitivo oráculo burocrático. Há algo ainda pior que sai embrulhado na mesma dicção: a análise do fato, a crítica à verdade selada e carimbada e o desagrado com a atividade do oráculo.

Não estamos felizes perdendo a liberdade. E sabemos.

*Percival Puggina (79) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia Rio-Grandense de Letras.


Assim está o nosso Brasil

Assim está o nosso Brasil

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Ou as Forças Armadas têm medo do ditador Alexandre de Moraes ou são cúmplices ao cumprirem ordens ilegais e inconstitucionais! (A quem servem as Forças Armadas?

Deputado Marcel Van Hattem rebate e empareda comandante do Exército após confronto: 'Tem medo ou é cúmplice de Alexandre de Moraes?

Vídeo abaixo do pronunciamento e questionamento do Marcel Van Hattem sobre assunto:


Ministro de Lula, novamente!

REINCIDÊNCIA!!!...

Essa notícia já rola por dois dias na imprensa, fazendo sala, principalmente, nas redes sociais...

Mesmo assim, o deputado não se emenda... Só gosta de emenda, mas não se emenda...

Para o povo do Maranhão entender bem a notícia, embora velha, porém, sempre nova, segue abaixo o seu texto original:

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Comissão de Ética de Lula alivia para ministro de Lula outra vez

Sem ocupar cargo, sogro do ministro até recebia empresários no ministério


Ministro das Comunicações, Juscelino Filho tem uma série de erros e Lula ainda o mantém no cargo. (Foto: Pablo Le roy/Mcom)

Rodrigo Vilela - Do Diário do Poder

Deu em nada o processo contra o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, na Comissão de Ética Pública da Presidência da República aberto após o sogro de Juscelino, Fernando Fialho, atuar na pasta sem qualquer nomeação.

O relator do processo foi o conselheiro Bruno Espiñeira Lemos, conduzido ao cargo por Lula em fevereiro de 2023. O arquivamento do processo foi unânime.

Para Lemos, é “compreensível” a atuação do sogro do ministro, revelada pelo jornal Estadão.  Registros apontam que Fialho até atendia empresários na sede do ministério, inclusive quando o genro estava fora da capital.

“É compreensível que o interessado José Juscelino dos Santos Rezende Filho, ao assumir tão importante pasta, tenha procurado cercar-se, no âmbito do MCom, de pessoas que conhecessem a estrutura e os meandros da Administração Pública”, disse o relator.

Esta não é a primeira vez que o colegiado livra o ministro de Lula. Em julho do ano passado, a comissão arquivou processo que investigava Juscelino por ter ido a um leilão de cavalos durante viagem a trabalho em São Pauo.


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