O programa teve início em março de 2014 com cinco pontos e
dobrou em 2015. “É importante ampliar a oferta de produtos saudáveis e muito
abaixo do preço de mercado, principalmente em um momento de inflação. Em
janeiro, os preços do Nossa Feira representaram 47% de economia para o
consumidor, que têm acesso a produtos de qualidade que não pesam no bolso”,
comentou o prefeito Gustavo Fruet, durante a inauguração do novo ponto.
A abertura da feira na Praça de 19 de Dezembro vai
beneficiar moradores locais e também quem passa pelo lugar a caminho de outros
bairros e até cidades da Região Metropolitana de Curitiba. A dona de casa
Salete Rufatto Cordeiro, de 51 anos, trabalha nas proximidades e foi a primeira
cliente atendida no novo ponto nesta segunda-feira (29). “Pego ônibus aqui para
voltar para casa, em Almirante Tamandaré. Achei o preço ótimo, pois as frutas
são muito boas e fresquinhas”, disse.
Nesta semana, como parte da programação de aniversário,
Curitiba ganha mais cinco novos pontos do Nossa Feira nos bairros Centro, São
Brás, Barreirinha, Vila Lindóia e Capão Raso. Com produtos provenientes da
agricultura familiar, os pontos serão administrados e abastecidos pela
Cooperativa Familiar de Colombo (Cooacol), a permissionária do novo lote de
feiras do programa, composta por 60 cooperados.
As outras dez Nossas Feiras já existentes são de
responsabilidade da Copasol (Cooperativa de Processamento Alimentar e Solidária
de São José dos Pinhais). A Copasol reúne 110 agricultores familiares da região
de São José dos Pinhais, principal polo horticultor da Região Metropolitana de
Curitiba (RMC)
Economia
Em 2015, o Nossa Feira comercializou cerca de 2,9 mil
toneladas de produtos. Somado ao volume comercializado nos 15 Sacolões da
Família foram vendidas aproximadamente 22 mil toneladas no ano passado. Juntos,
os dois programas promoveram uma economia média superior a R$ 35 milhões às
famílias usuárias, na comparação dos preços com os praticados no varejo
convencional.
Com a prática do preço fixo para mais de 30 itens e uma
economia média superior a 40%, o programa aquece a economia regional. “Ao mesmo
tempo em que torna esses alimentos acessíveis, promove a saúde, a economia,
serve como um balizador de mercado e se configura como um canal inovador de
grande importância para os agricultores familiares, representados em
cooperativas, com geração e distribuição de renda”, explica o secretário
municipal do Abastecimento, Marcelo Munaretto Munaretto.
Cadeia do alimento
A regulação e a política de articulação com fornecedores são
geridas pela Secretaria Municipal do Abastecimento, enquanto que as
cooperativas de agricultores familiares da região licitadas realizam a
operacionalização e o abastecimento dos produtos. Em parceria com a Empresa de
Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) foi criado e está em fase de
estruturação o consórcio de cooperativas para garantir o mix de itens não
produzidos na região ou em períodos de entressafras para serem comercializados
no Nossa Feira. Esta é a fórmula da auto sustentabilidade que beneficia
consumidores e agricultores familiares da região e do estado.
“O Nossa Feira é um dos 20 programas que desenvolvemos. É
uma síntese de um planejamento intersetorial bem maior, um complementa o outro
e envolve diversas secretarias, cada vez mais em busca da sustentabilidade”,
explica o secretário Munaretto.
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