Desde que adotou a nova metodologia para a confirmação de casos de dengue, zika e chikungunya, o Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen-PR) já processou 2.612 amostras e reduziu de dois meses para uma semana o tempo médio para a liberação dos resultados de diagnóstico e isolamento viral. O custo para a realização das análises também caiu em 75%, pois todo o processo agora é feito pela própria unidade do Governo do Estado.
A redução do prazo e a economia se deram por conta da
implantação do Multiplex, uma tecnologia pioneira desenvolvida por cientistas
do Lacen-PR. O exame permite a testagem simultânea para dengue, zika e
chikungunya em uma mesma amostra, agilizando a confirmação do caso.
Segundo a diretora do Lacen-PR, Célia Fagundes, a mudança
também ampliou significativamente a capacidade de resposta à demanda por
exames. “Passamos de 60 para até 1.400 testes semanais. Isso fez com que
garantíssemos um diagnóstico mais rápido, sobretudo para zika e chikungunya,
que antes eram realizados por outros laboratórios de referência”, disse ela.
Do volume de exames realizados em um mês, 920 tiveram
resultado positivo para dengue, zika ou chikungunya e 1.712 negativo. A taxa de
confirmação chega a 35%.
De acordo com a chefe do Centro Estadual de Vigilância
Ambiental, Ivana Belmonte, a agilidade na confirmação dessas doenças é
essencial para que as autoridades de saúde façam ações de bloqueio de casos.
“Com isso, é possível traçar um raio de ação em torno da residência do doente e
desenvolver um trabalho efetivo para evitar que a doença se espalhe por uma
determinada localidade”, explicou.
NÚMEROS – Em todo o Paraná, já são 8.728 casos de dengue
registrados. As cidades que concentram a maior parte dos casos são Paranaguá
(2.012), Londrina (1.324) e Foz do Iguaçu (1.075).
Nesta semana, mais duas mortes pela doença foram confirmadas
pela Secretaria Estadual da saúde. Trata-se de pacientes moradores de Paranaguá
e Foz do Iguaçu, que morreram nos dias 18 e 9 de fevereiro, respectivamente.
Com isso, sobe para 13 o número de mortes pela doença desde agosto de 2015.
No Paraná, estão em epidemia de dengue: Rancho Alegre,
Munhoz de Mello, Paranaguá, Mamborê, Santa Terezinha de Itaipu, Assaí, Santo
Antônio do Paraíso, Cambará, Tapira, Serranópolis do Iguaçu, Itambaracá, Santa
Isabel do Ivaí, Nova Aliança do Ivaí, Jataizinho, Santa Helena, Foz do Iguaçu,
Guaraci e Medianeira.
O boletim divulgado nesta terça-feira (1º) também atualiza
os dados sobre a situação da zika no Paraná. Até o momento, são 93 casos
confirmados em diversas regiões do Estado, o que reforça a importância da
população ficar atenta e eliminar os criadouros do mosquito Aedes aegypti.
Quanto à febre chikungunya, o relatório informa a ocorrência
de 26 casos, 12 a mais do que na semana passada.
Fonte - Secretaria da Saúde do Paraná
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