Crônica do amanhecer
Hélcio Silva
(22 / 11 / 2016)
Não se faz história sem abrir os arquivos da cabeça.
Cabeça fechada não faz nem conta história.
Hoje, acordei minutos mais tarde que o costumeiro. Que
história eu vou contar?
Abri o arquivo e vem chegando um pelotão de ilustres
políticos que fizeram a história política de épocas que já vivia. Primeiro chegou
Neiva Moreira..., seguido de Clodomir Teixeira Milet, Henrique de La Roque
Almeida, Renato Archer, Newton Belo, Lino Machado e, por último, vinha o
deputado estadual Manoel Gomes com uma pilha de livros entre os braços e o
troco. Político daquele tempo abria a mente para o estudo: lia livros e os
jornais mais importantes do país. Hoje, a maioria adora abrir mais a conta
bancária.
A Assembleia Legislativa do Maranhão funcionava na rua do
Egito. Concentrei em buscar alguns dados sobre Manoel Gomes e acabei em decidir
por mergulhar naquele debate, prolongado por alguns dias, em que foi
promulgada a constituição maranhense de 1967, época em que o deputado Manoel
Gomes era o presidente do Poder Legislativo estadual.
Na nossa vida, história busca história, faz história,
lembra história e tudo acaba fazendo parte da nossa história, incorporando-se a
ela.
Fui à procura de algum texto sobre o mecanismo que
determinou a constituição de 1967. O texto mais completo que encontrei foi no
blog do ex-deputado Benedito Buzar (Blog do Buzar) com o título “A PIOR
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO MARANHÃO”.
Li o texto do Buzar e lembrei-me das muitas vezes que me
fazia presente para assistir aos grandes debates naquela Casa Legislativa. A
rua do Egito tremia...
Hoje, a Assembleia do Maranhão dorme, é sonolenta!
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