terça-feira, 1 de novembro de 2016

Roberto Freire diz que o “PT foi varrido” nas eleições municipais com derrota fragorosa nas urnas


Em uma verdadeira maratona pela programação da Rádio Trianon (AM 740 KHz), o deputado Roberto Freire (SP), presidente nacional do PPS, afirmou nesta segunda-feira (31) que o resultado das eleições municipais representaram a “debacle” do PT, que agora precisa de uma profunda autocrítica se quiser continuar sobrevivendo politicamente.

Inicialmente, o parlamentar foi entrevistado por Adriana Cambaúva no “Via Paulista” e, na sequência, participou do “Portugal Dentro de Nós”, apresentado pelo jornalista Martins Araújo. No início da noite, Freire esteve no “Radar Paulista”, sob o comando de Renato Albuquerque, também ao vivo.

“O PT foi varrido nessas eleições. Foi uma derrota fragorosa. Toda aquela movimentação nas ruas pelo impeachment [de Dilma Rousseff] deu resultado nas eleições municipais”, avaliou o deputado. “Foram cometidos tantos desmantelos nos governos de Lula e Dilma que o partido parece ter ficado indelevelmente marcado. Eles precisam fazer uma séria autocrítica.”

Roberto Freire ressaltou o péssimo resultado petista no grupo das 93 cidades brasileiras com mais de 200 mil eleitores – conquistou apenas uma prefeitura, a de Rio Branco, no Acre. “Foi uma rejeição completa do eleitorado brasileiro ao PT. É uma debacle”, afirmou. “O PT é de uma arrogância tremenda. Mas a população brasileira se manifestou nas urnas e disse: parem com isso, parem com essa narrativa de golpe, parem com essa história de que existe uma onda conservadora no país.”

Ainda de acordo com o parlamentar, as eleições de 2016 não significaram um repúdio à política. “Não houve um voto contra a política, mas contra o político tradicional. Em São Paulo, João Doria não fez campanha contra a política. Ele sempre disse que era filho de um político cassado pelo golpe de 1964”, lembrou.

Governo Temer

Questionado sobre as medidas do governo do presidente Michel Temer, em especial na área econômica, Freire destacou a aprovação pela Câmara dos Deputados da PEC 241, que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos.

“O Orçamento não vai mais se transformar em uma peça de ficção. Isso acabou. Agora vai ter que ter seriedade e responsabilidade, que não existiam nos governos do PT”, pontuou. “Estamos tomando algumas medidas para enfrentar a crise mais profunda de toda a nossa história republicana. Não vai ser fácil e exigirá muito trabalho.”

Freire citou o início da recuperação da Petrobras, empresa que esteve no epicentro do escândalo do petrolão, como um exemplo de que o Brasil começa a seguir o rumo certo. “A nova gestão devolveu à Petrobras certa credibilidade. Isso se reflete na valorização da empresa. Estamos colocando, aos poucos, o país nos trilhos”, avalia.

Segundo o presidente do PPS, a grande prioridade do atual governo deve ser combater os graves efeitos da crise econômica. “O governo Temer não é de salvação nacional. Ele precisa cuidar da questão econômica, que é a mais urgente. Essa é a prioridade”, disse. “Não devemos nos preocupar em fazer a reforma da Previdência neste exato momento. A questão da Previdência é um pacto de gerações e deve ser mais bem discutido pela sociedade.

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