Faveco Corrêa
Infelizmente, é tudo uma vergonha.
O patético depoimento do Lula ao juiz Sergio Moro, a
lambança no Supremo entre os “velhacos” Gilmar Mendes e Marco Aurélio Mello,
coadjuvada por Rodrigo Janot, a delação dos marqueteiros envolvendo os
ex-presidentes petistas na sacanagem, a libertação de José Dirceu, Adriana
Ancelmo e Eike Batista, etc. E vem mais por aí: “reforma política” instituindo
a lista fechada e criando um “fundinho” de bilhões de reais para financiar os
partidos para que possam eles, os coitados, fazer suas milionárias campanhas
políticas às nossas custas. Além do risco de o Congresso retirar do projeto de
reforma trabalhista o fim do imposto sindical obrigatório, esta excrecência que
fez brotar como erva daninha mais de 12 mil sindicatos pelo Brasil afora.
Como era de se esperar, o Lula confirmou ao juiz Moro que
não sabe de nada. Que nunca soube. Nem do mensalão nem da Lava Jato. Nunca foi
dono de apartamento triplex no Guarujá, que seria investimento da falecida dona
Marisa, nem de sitio em Atibaia, e que não sabe por que a OAS e a Odebrecht fizeram
reformas nos dois imóveis, que não conhece o Renato Duque, o amigo do Vacari, e
que quem deveria ser preso era o juiz Moro, a quem ameaçou, por ser responsável
por 600 milhões de desempregados no Brasil - e outras barbaridades. Apesar de
tudo, o grande representante do povo continua, sem nenhuma cerimônia, vivendo
como um nababo, viajando de jatinho executivo enquanto seus seguidores, um
bando de vagabundos que mataram o trabalho para ir a Curitiba comer mortadela e
fazer festinha, viajaram em 130 ônibus pagos ninguém sabe por quem, numa longa
viagem regada a vodca da pior qualidade e sem temor de ressaca. Nem Engov foi
distribuído, já que desnecessário porque eles não iriam mesmo trabalhar nos
dias seguintes.
A batalha de Curitiba, que se transformou em verdadeira
batalha de Itararé, foi um espetáculo estarrecedor. A mais longa ópera bufa que
se tem notícia, com seu protagonista encenando por 5 horas para reafirmar o que
já estamos cansados de saber: Lula não tem nada que ver com isso.
Mesmo assim, segundo um ouvinte independente que publicou
esta matéria nas redes sociais, algumas coisas descobrimos no seu depoimento:
1) Lula foi o presidente da República que mais visitou a
Petrobras na história, mas ia lá só para passear, e não tinha qualquer conhecimento
do que acontecia na estatal;
2) A Lava Jato é um complô entre O Globo, o Estadão, o
Jornal Nacional, a revista Isto é e o Ministério Público, que não se conformam
em ver proletário na Presidência;
3) Dona Marisa sempre ia passar as férias em Ipanema
obrigada, e sorria nas fotos só pra não fazer desfeita, pois odiava praia;
4) "Vou mandar prender jornalistas" é só força
de expressão;
5) Lula quer ser atropelado por um ônibus;
6) Lula não sabia e nem tem qualquer responsabilidade
pelo que acontecia no Instituto Lula;
7) Apesar de milionário e presidente da segunda maior
empreiteira do país, o executivo Leo Pinheiro faturava um extra como corretor
de imóveis, tentando vender os apartamentos que encalhavam;
8) Lula não sabia se João Vaccari Neto e Renato Duque se
conheciam, mesmo assim pediu para o primeiro intermediar uma reunião dele com
Duque porque "ele tinha mais amizade que eu"""
9) Se a Polícia Federal apreende objetos e documentos
suspeitos na casa de alguém, é o agente que fez a apreensão que precisa se
explicar sobre sua origem;
10) Aparentemente, segundo o próprio réu, a culpa foi de
dona Marisa.
Apesar disso tudo, o petista reafirma que vai ser
candidato à Presidencia da República, e que vai ganhar a eleição, que Deus nos
livre.
E parece que vai ser candidato mesmo, pois ainda que
condenado em primeira instância, o que é uma possibilidade cada vez mais
concreta, continuará com sua ficha limpa, já que suja ficará só depois de
condenado por um colegiado. Pelo menos enquanto vigir a atual legislação, que
pode muito bem ser modificada pelo STF, onde 8 dos 11 ministros foram indicados
pelo PT... Levando-se em consideração a morosidade da justiça, é bem capaz dele
ter razão: vai ser candidato mesmo. Coisas do Brasil: um réu não pode estar na
linha de sucessão do Presidente da República, mas condenado em primeira
instância pode ser eleito Presidente.
E quem vai fazer sua campanha é o João Santana, o
marqueteiro milagroso, que vai ganhar mais dinheiro ainda do Patrão, para
engrossar a sua fortuna de dezenas de milhões de dólares, que é de fazer inveja
ao Duda Mendonça.
O mesmo amigo João Santana que, em sua delação premiada,
joga detritos de todas as espécies no ventilador, mostrando como se fabrica a
peso de ouro um estelionato eleitoral e quem são os seus responsáveis.
É muita vergonha para o meu gosto.
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