“O Brasil só tem uma solução: general Mourão, presidente urgente!”, afirmou Fidélix em uma rede social em setembro de 2017. Mourão filiou-se no início de abril ao partido, poucos dias antes do prazo legal para a disputa da eleição deste ano, mas o fato só foi divulgado agora.
Procurados, Fidélix e o general não se manifestaram sobre a
eleição. A Folha apurou junto a pessoas da direção do partido que a
possibilidade de uma candidatura de Mourão está sendo considerada seriamente.
Nesse caso, ele provavelmente dividirá com Jair Bolsonaro (PSL) uma parte do
eleitorado mais conservador, e que prioriza temas ligados à segurança pública.
Bolsonaro, que é ex-capitão do Exército, tem boa relação com Mourão. Uma
aliança entre os dois não está descartada, o que poderia levar a uma situação
inusitada: um general do Exército como candidato a vice na chapa de alguém de
patente mais baixa.
Uma eventual candidatura também enfrentaria dificuldades de
ordem prática, como pouco tempo de TV, falta de dinheiro e inexistência de
palanques competitivos nos estados. O PRTB elegeu apenas um deputado e deve ter
no máximo 10 segundos de tempo na propaganda eleitoral a partir de 31 de
agosto. Atualmente, não conta com nenhum parlamentar no Congresso Nacional.
Desde os protestos contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2015, que
levariam a seu impeachment, Mourão se tornou popular entre grupos de direita e
extrema-direita —a ponto de bonecos infláveis gigantes dele terem sido
produzidos e exibidos em manifestações. Antes de passar à reserva no início deste
ano, o general Mourão envolveu-se em polêmicas dentro do Exército.
No ano passado, ele disse que os militares poderiam impor
uma situação para a crise política no país.
Fonte: Folha de São Paulo
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