sábado, 14 de setembro de 2024

Análise: "Análise: Amazônia em chamas" - artigo do jornalista e escritor Ney Lopes

AMAZÕNIA EM CHAMAS




Análise: "Análise: Amazônia em chamas"


Ney Lopes*

A Amazônia registra este ano o dobro de focos de incêndio na comparação com o ano passado, e a devastação avança com rapidez.

Os índices de queimadas são os maiores dos últimos 20 anos no Brasil.

O valor representa um aumento de 83% em comparação ao mesmo período em 2023.

O fogo bate recorde, muda paisagem e expulsa moradores, com intensa liberação de fumaça e emissão de gases do efeito estufa.

As causas têm vários fatores, que vão desde fenômenos como o El Niño, seguido de La Niña, passando pelo aquecimento global e a ação humana (efeito estufa).

A floresta Amazônica representa um terço das florestas tropicais do mundo, além de conter mais da metade da biodiversidade global e garantir a qualidade do solo.

A região concentra 20% da água doce do planeta.

Cerca de 25,5 milhões de pessoas (entre populações tradicionais e familiares) vivem na região amazônica ou na floresta.

A extração de produtos não-madeireiros (óleos, resinas, ervas, frutos e borracha) contribui economicamente para a vida de 400 mil famílias de extrativistas.

Os recursos florestais trazem benefícios econômicos às populações locais, fixam o homem no campo e melhoram sua qualidade de vida.

Ao contrário do que se propaga, no atual governo Lula um estudo inédito apresentado em Campinas, e que discute as alterações climáticas e a situação ambiental da Amazônia, aponta que parte da floresta virou fonte de emissão de carbono, o principal gás do efeito estufa.

O processo é estimulado pelo desmatamento e pelas queimadas.

No mundo, os cinco países que mais poluíram desde a Revolução Industrial, de 1850 a 2021, são: EUA, China, Rússia, Brasil e Indonésia.

Os Estados Unidos são o país com os níveis mais altos de emissões por habitante.

A taxa de emissões per capita é o dobro da chinesa e oito vezes maior que a da Índia.

Sabe-se que os gases liberados contribuem para o aquecimento global, aumentam os níveis do mar, alteram o clima.

Além disso, espécies de fauna e flora desaparecem.

Portanto, não há mais como esperar soluções objetivas, que evitem uma catástrofe já a vista.

*Ney Lopes é jornalista, escritor, ex-deputado federal 


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