Água e saneamento
Minha crônica de sábado
Hélcio Silva
(19 / 10 . 2024)
Em 1946, através de decreto do presidente Eurico Gaspar Dutra, as operações da Ulen no Brasil foram encerradas.
Em 1947, foi criado o SAELTPA (Serviços de Água, Esgoto, Luz, Tração e Prensa de Algodão), que manteve os bondes elétricos, no Brasil, até o fim da década de 1950.
Este mesmo SAELTPA, aqui em São Luís, deixou como herança, para a cidade, nossos bondinhos em atividades, como transporte público de nossa capital. Havia o Caradura, que fazia linha para o Anil. Várias vezes fui ao Anil visitar uma namorada que tinha por lá: eu ia de Caradura... e com a cara dura.
Mas Cafeteira, quando esteve prefeito de São Luís, de 1966 a 1969, acabou com os bondes (é o que foi colado até hoje na cabeça do povo), deixando a cidade na orfandade, sem seus bondinhos... e sem indicar ou projetar uma solução melhor para o nosso sistema de transporte público.
Pelo que vejo - pelo visto e ouvido - Cafeteira não esteve só nesta história: pode até estar pagando o pato...
Mas ele era o prefeito da cidade, não ficou totalmente ausente... querendo dar uma de Pelatos.
Houve gente com mais altura de poder que ele, vendo os últimos bondes passando pela cidade, e deixando aquele brilho de saudade que só os nossos bondes tinham.
A historia me revela o que vi e li, e transcrevo abaixo:
Na década de 1960, quando o Estado do Maranhão era governado por José Sarney, foi contratada uma empresa denominada Fontec, para organizar o trânsito da cidade, tendo seus gestores declarado que os bondes eram os maiores causadores de transtornos no tráfego e proibiu o trânsito de bondes em boa parte da cidade. Logo, a seguir, todas as linhas foram desativadas e o último bonde circulou em 1966.
Em 1966, onde é informada a história sobre o último binde que circulou na cidade, era de fato Cafeteira o prefeito da cidade e o José Sarney o governador do Estado.
Foi tudo um jogo de interesses!
O SAELTPA criou seus bondinhos!... O café amargo acabou nossos bondinhos, aos poemas do poeta dos pinheiros!
O SAELTPA perdeu também os direitos aos serviços de água e esgoto... morreu o SAELTPA.
Havia a dúvida de como nossos governantes poderiam gerir o problema da água....
Então, seriam as águas de Donana, o grande problema? Ela era a dona de tudo, naqueles tempos idos que já se foram.
Uma história antiga!
A história da água é, realmente, mais antiga. Não quero começar e nem devo começar por Ana Jansen - Ana Joaquina Jansen Pereira, também conhecida como Donana - ... E eu olho, do meu olhar distante, que faz tempo que ela nasceu e muito tempo que ela morreu (nasceu em 1798 e morreu em 1869.
“Em São Luís, por volta de 1855, Ana Joaquina Jansen Pereira e seu sócio José da Cunha Santos foram pioneiros na comercialização de água." - Fonte: SANTOS, Waldemar (1978).
Mas essa história das águas de Ana Jansen são fatos que são e serão contados por consagrados historiadores... Eu sou apenas um contador de pequenas histórias, daquelas conversas gostosas, ao pé de muitas esquinas!
Ana Jansen foi apenas a caema das épocas que não vivi.
A CAEMA de hoje é diferente.... Muito diferente!
Hoje até o nome mudou: é Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão, uma empresa de abastecimento de água e saneamento básico do nosso Estado.
A Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (CAEMA) foi criada em 29 de julho de 1966, pelo então governador José Sarney, com o objetivo de gerir o saneamento básico do estado e resolver o problema da água. É uma sociedade de economia mista, com o governo do Maranhão na qualidade de acionista majoritário.
Esta CAEMA foi criada também - e principalmente - para resolver os problemas de abastecimento de água nos municípios do interior do estado.
Esses objetivos da CAEMA foram alcançados?
Vejam minha gente, como algo misturado dos 45 a 47 anos do grupo Sarney, mais uns quase 8 anos de Flávio Dino, somados tudo aos 2 anos e um pedaço de Carlos Brandão, por que a CAEMA não alcançou seus objetivos?...
Fornecimento de água precário e saneamento básico quase zero... São 58 anos de vida da CAEMA... anos avaliados como nota 2..., para não avaliarmos como zero.
O governo de Carlos Brandão, enaltecido por grande parte da mídia e aplaudido pela maciça maioria dos deputados na Assembleia, nada fez do que prometeu ao Maranhão. É um governo fraco!... Também nota 2, quase descendo a zero!
Um governo sem ideal político...
Um governo parado!
Um governo sem oposição...
Kadê a oposição do Maranhão?
Bom dia meus amigos e minhas amigas do Maranhão...
Até mais ver!
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Meu nome é Hélcio
Apenas Hélcio
Nada mais do que Hélcio...
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