terça-feira, 29 de outubro de 2024

História memória e religiosidade - por Áureo Mendonça


História memória e religiosidade

Áureo Mendonça (*)

Na época da minha infância a cidade de Viana tinha um povo de forte religiosidade, as festas religiosas marcaram época e fazem parte da história e da memória de Viana que é uma cidade de gloriosas tradições em festas religiosas.
Final da década e 1950 e início da década de 1960, em uma capela de palha localizada na Rua Rio Branco no bairro do Moquiço nas imediações de onde ficava o poço do Moquiço aconteciam os festejos em homenagem a São Judas Tadeu, um dos santos bastante reverenciado em Viana, o Santo das causas impossíveis.



Com o passar dos tempos o Santo foi se tornando forte na fé, aumentando cada vez mais os devotos, tornando-se necessário a construção de uma igreja maior de alvenaria. A inauguração da igreja de São Judas Tadeu foi celebrada com uma missa em ação de graças pelo Padre Heitor Piedade Junior. A nova igreja foi construída para atender melhor os fiéis.
Estavam a frente da igreja e dos festejos de São Judas Tadeu, Sinhô Dico, Neuza, João Penha, Dona, Enedina, minha avó Olivia Mendonça, Maria Antônia Gomes e outros membros da comunidade, que conseguiram arrecadar fundos para construção da primeira igreja de São Judas em Viana, situada na rua Rio Branco no Moquiço esquina com a Rua Amélia Carvalho. Inaugurada com grande festa comandada pelos músicos devotos na presença de grandes personalidade da época. Atualmente a igreja não existe mais nesse local, transferiu-se para o Bairro do Vinagre, onde ainda existe o festejo porém em menores proporções dos realizados outrora. O auge dos festejos era no dia 28 de outubro. E a festa era animada pelo Jazz São Judas Tadeu, orquestra do Sinhô Dico e Astolfo Amorim, com os músicos João Penha, João Cordeiro e outros grandes músicos, animavam o largo da igreja durante a noite.
No último dia do festejo que era dia 28 de outubro toda a população de Viana participava das festividades.
Texto escrito hoje pela manhã com a colaboração do amigo acadêmico Marcone Veloso.

(*) Áureo Mendonça é pesquisador escritor e membro fundador do IHGV

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