sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Os milagres da eleição


Os milagres de São Marcus e os vereadores devotos



Hélcio Silva

Meu texto da tarde

(11 / 10 / 2024)

Fui vereador em São Luís durante 18 anos, disputando cada eleição fazendo minha campanha diretamente com o povo, conversando com os eleitores sobre os problema da cidade, sem me envolver com os coronéis ou qualquer tipo ordinário que aparecesse como chefe de qualquer agrupamento partidário que tentasse tutelar a minha candidatura: não aceitava picareta na minha campanha. Fui eleito sempre pelo voto livre de um povo livre. 

Nenhum petulante ou oportunista - seja lá quem fosse - tentava, sequer, oferecer-me qualquer tipo de ajuda.  Nas minhas campanhas não havia nem cabo eleitoral... Portanto o mandato era meu, a serviço do povo.

Minha eleição era livre, sem marqueteiro, nem aceitava ordem de presidente ou dono de partido.

Ontem, eu li, em alguns blogs da cidade, que Marcus Brandão, irmão do governador, foi o coordenador do grupo político que elegeu um total de 23 vereadores para a Câmara Municipal de São Luís, gerenciando um grupo de partidos políticos (PSB, PCdoB, PT, PV, Cidadania, Podemos, Avante, União Brasil, PSDB, PRD, PP e PL.) - 12 partidos e muitos interesses em jogo!

Vejo aqui, no blog do Marco D’eça, que o grupo Brandão tem 3/4 dos vereadores eleitos para a Câmara Municipal de São Luís.

Gente, no texto do Marco D’Eça é usado o verbo ter, um verbo forte que significa posse, domínio... (Estar na posse ou em poder de...)

Isso é muito sério.

No momento em que o blog citado diz que o Grupo Brandão tem 3/4 dos vereadores, esses vereadores não nasceram da vontade popular; porém, nasceram da vontade do Marcus Brandão.

Pelo que sei, são 31 vereadores. O Marcus ( o Grupo do Marcus Brandão) fez 23 vereadores... Pela matemática, o grupo Marcus Brandão tem a maioria de 3/4 dos eleitos...

De onde vem esse poder todo?

Que “qui” é isso!!!...

E o que diz o TRE?

E tem gente festejando a vitória do Marcus...

*****

Meu nome é Hélcio

Apenas Hélcio

Nada mais do que Hélcio...


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