domingo, 14 de dezembro de 2014

A tendência do dólar é de alta e o consumidor paga conta. Há razões externas e internas

Do blog Matheus Leitão News



Há vários motivos para o dólar subir, segundo os especialistas. Alguns motivos são externos, mas nem todos. A economia americana está dando sinais de estar mais forte, o que atrai mais investimentos e faz a moeda deles subir em relação a todas as outras. Esses investidores saem, preferencialmente, de países de maior risco.
Há razões bem brasileiras também: a economia está fraca e com um grande déficit nas suas contas externas. E, segundo os economistas, quando isso acontece, a moeda do país perde valor em relação às outras moedas. É o que está acontecendo agora. Essa coincidência de fatores internos e de fora aumenta a pressão de alta da moeda americana. Nesta sexta (12), as notícias do Valor Econômico de que a direção da estatal foi informada das irregularidades e a ansiedade com a divulgação do balanço da empresa derrubaram a bolsa e elevaram o dólar.
E as consequências? Há efeitos que podem ser bons para a indústria e os exportadores. Quem vende produtos para o exterior recebe mais reais pelos dólares que consegue na exportação. Por outro lado, o produto importado fica mais caro. O principal impacto negativo é na inflação. É mais difícil derrubar os preços quando o dólar está subindo. Ele acaba encarecendo mesmo os produtos fabricados no Brasil porque as peças importadas ficam mais caras.
Além disso, quem se endivida em dólar, numa viagem ao exterior por exemplo, pode ter problemas na hora de pagar a conta do cartão do crédito. Por isso, se você estiver de viagem marcada, vá com calma nas compras.
Tudo isso não significa que o dólar vai subir todos os dias. Ele sobe e desce, mas as altas são sempre mais fortes. Enquanto houver más notícias sobre economia brasileira ou novos desdobramentos da crise na Petrobras a bolsa tende a cair e o dólar a subir. A mínima foi no dia 8 de abril. De lá para cá o dólar já subiu 21%.
O Banco Central tem uma grande quantidade de reservas – mais de US$ 370 bi – e pode continuar atuando para atenuar os movimentos, mas já está usando as reservas em operações financeiras para segurar o dólar há mais de um ano. Mesmo assim o dólar tem subido nos últimos meses pela piora da crise brasileira.


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