O bispo emérito de Palmares (PE), dom Genival Saraiva de França, presidiu a missa deste terceiro dia da 53ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A missa, dedicada aos bispos eméritos, foi concelebrada pelos eméritos de Osasco (SP) e de Lages (SC), respectivamente, dom Ercílio Turco e dom Oneres Marchiori.
Em sua
homilia, dom Genival recordou as perseguições sofridas por Jesus Cristo
e seus discípulos. “As resistências a Jesus se revelaram de muitas
formas na Palestina, notadamente por parte de homens que, embora fossem
doutores do conhecimento, não tinham a mente aberta à Boa Nova”, disse.
De acordo com dom Genival, a Igreja comprovadamente vem de Deus e
continua sendo assistida por Ele. “Basta considerarmos em sua história o
registro das constantes perseguições externas que sofrem, inclusive em
nossos dias”, acrescentou.
Para dom Genival, a Igreja deve ter
sempre atitudes de compaixão e gestos de misericórdia como Jesus que,
diante de uma grande multidão que o seguia, alimentou aproximadamente
cinco mil homens. “A partir dos fenômenos da fome do mundo e de outros
dramas, da globalização da indiferença, da evidência do comportamento
insensível da sociedade, a Igreja tem o dever de lutar pela superação do
problema da fome, que afeta milhões de pessoas, com ações que estão ao
seu alcance”, ressaltou. O bispo também lembrou das comunidades que têm
multiplicado seus serviços solidários “a irmãos e irmãs que têm a mente
sedenta de luz e verdade o corpo faminto de pão e justiça”.
Bispos eméritos
Na homilia, dom Genival recordou que
existem hoje na Igreja 147 bispos eméritos. “Somos eméritos apenas em
relação ao ofício de bispo diocesano. Daí o fato de continuarmos
servindo o povo de Deus de muitas maneiras”, explicou. Disse que os
eméritos podem, “como Jesus o fez, alimentar os fiéis com o pão de que
necessitam, de esperança em sua caminhada, de escuta em sua solidão, de
justiça em sua exploração, de alegria em seu êxito, de formação em sua
carência, de graça sacramental em sua espiritualidade”.
Afirmou que cada bispo sabe que será
emérito um dia. Porém, ressaltou que em qualquer situação e contexto, o
importante é “sentir-se sempre acolhido no episcopado”.
Lembrou dos bispos eméritos que por
diferentes razões não puderam estar nesta Assembleia da CNBB. “Nos
sentimos muito próximos afetiva e espiritualmente”, destacou. O carinho
dos fiéis para com os bispos eméritos também foi citado por dom Genival.
“Tratam-nos com afeto e zelo”, disse.
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