Crônica do amanhecer
Por Hélcio Silva
(23 / 10 / 2015)
“Balança,
mas não cai” foi um programa humorístico de grande audiência na Radio Nacional
criado por Paulo Gracindo. Era um estouro de audiência. Foi sucesso na década
de 50.
Hoje, vejo
os casos escandalosos envolvendo os presidentes Dilma e Eduardo Cunha, um da
República e outro da Câmara Federal, na balança, no baloiço, nas balançadas ou
pedaladas brincando com a inteligência do povo brasileiro. Metem diariamente.
Operam contra o Brasil. Afirmam declarações as mais contraditórias que
comprometem a credibilidade do governo, mas eles continuam nos cargos. Quem os
mantém nos postos de comando? Por que é tão difícil o impeachment contra a
presidente Dilma? Por que tanta dificuldade para cassar o mandato do deputado
Cunha?
Cunha e
Dilma se odeiam e se acusam; porém, são aliados na defesa da impunidade..., e
se protegem, cada um usando suas tropas de choque.
Dilma diz
que não há corrupção no Governo, enquanto Cunha afirma não ter dinheiro na Suíça.
Os fatos, todavia, apontam em outra direção.
O ministro do
Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki determinou o bloqueio e o sequestro dos
recursos mantidos pelo presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, em contas
na Suíça - no total de 2,4 milhões de francos suíços ou R$ 9,6 milhões.
E agora?
Leio na
página eletrônica de “Notícias ao Minuto” que “a Procuradoria Geral da
República reúne indícios de que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), utilizou o cargo para atrapalhar desdobramentos da Lava Jato.
O procurador-geral, Rodrigo Janot, deverá formalizar o pedido de afastamento do
deputado, se isso for comprovado.”
E os meus
ouvidos, se não estão enganados ou confusos, ouviram, na manhãzinha de hoje,
pelas ondas da Rádio Jovem Pan, que o próprio Cunha teria declarado que os seus
inimigos estariam querendo transformar a Lava Jato em Lava Cunha.
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