Presidente da República, governadores, prefeitos, senadores, deputados e vereadores reduzirem os próprios salários e de funcionários das respectivas esferas de governo, representaria um pingo de água no oceano considerando o rombo no orçamento do poder central que poderá ultrapassar R$ 100 bilhões, em 2016, conforme os ministérios da Fazenda e do Planejamento. Diminuir salários, principalmente de servidores é punir inocentes. E fazer com que eles alimentem os corruptos e corruptores deste país, que, ao final de tudo, devolvem muito pouco do muito que roubaram dos cofres públicos.
O Brasil assiste boquiaberta, a descoberta de mais
corruptos. A cada investida da Polícia Federal, conhece-se mais “figuras
ilustres” envolvidas em crimes de lesa a pátria. Agora são os filhos do
ex-presidente Lula da Silva que têm empresas que receberam milhões de reais por
serviços que não prestaram. Dinheiro de propina, fruto da influência que teriam
nos governos do pai até para fazer editar Medidas Provisórias para beneficiar
segmentos empresariais. “Empresas” dos filhos de Lula que nem funcionários têm
beneficiadas pela corrupção. Uma vergonha.
Cada parlamentar federal consome cerca de R$ 1 milhão por
ano, dos cofres públicos. Cada parlamentar estadual, aproximadamente R$ 800 mil
e cada vereador de capital, R$ 600 mil, no mesmo período. Já 70% do
funcionalismo e dos trabalhadores em geral, não ganham mais de R$ 30 mil / ano.
Reduzir salários e recolocar a grande massa dos trabalhadores no caminho da
miséria, do desespero, da agonia da inadimplência e da desmoralização, é, no
mínimo, desumano.
O que precisa ser feito é conscientizar os comandantes deste
país a parar de roubar. É impedir a corrupção. Neste sentido o governador
Flávio Dino sai na frente sancionando a Lei Anticorrupção. Um passo importante,
sem dúvida.
NA DEFESA DE DILMA
Envergonhados e desestimulados, segmentos do Partido dos
Trabalhadores recuaram na defesa intransigente do governo de Dilma Rousseff. No
programa político levado ao ar na última quinta-feira o Partido Comunista do
Brasil (PCdoB) assumiu a posição e não só defendeu o governo petista, como
criticou e acusou de golpistas aqueles que pregam o afastamento dela do cargo.
O PCdoB, portanto, “com coragem e determinação”, arrisca-se na crítica não só
aos políticos de oposição, mas a 80% da população brasileira que não acreditam
mais em Dilma Rousseff e querem vê-la longe do Palácio do Planalto.
AUTORITARISMO DE OGUM I
Hoje completam 38 dias que o presidente da Câmara Municipal
de São Luís, vereador Astro de Ogum, declarou na imprensa que o Edital para
contratação do banco que passaria a administrar as contas da Casa estava
pronto, na Procuradoria Jurídica para a devida revisão e que logo seria
publicado. Até agora nenhuma explicação. Ele não fala do assunto. Qual seria o
mistério? Enquanto isso os funcionários (inclusive aposentados) não podem, por
ordem dele, consignar empréstimos a juros de 27% ao ano e se “atolam” no cheque
especial a juros superiores a 300% e cartão de crédito a 380% anuais.
AUTORITARISMO DE OGUM II
Pior: o autoritarismo do presidente não o permite explicar
ou justificar as razões que o levaram a prejudicar de tal forma os servidores,
nessas negociações com o BRADESCO que até hoje movimenta os recursos da Câmara
Municipal e através do qual são pagos os salários de funcionários e vereadores.
“Se a dúvida do presidente é relacionada aos servidores instáveis, sem
garantias quanto à manutenção no emprego (o caso está sendo investigado e
cobrada providência pelo Ministério Público) então que seja liberada esse tipo
de operação junto ao banco, para estáveis e aposentados que nada têm a ver com
problemas passados ou atuais que envolvem a Câmara e a instituição bancária”-
advertiu um aposentado, acrescentando - “ou que o presidente seja mais humano,
desça do pedestal e explique ou justifique a sua posição com relação ao
assunto”.
O silêncio ou a indiferença do presidente relacionado ao tema
incomoda até os vereadores, em particular membros da Mesa Diretora que, por
outro lado, não querem se indispor contra Ogum. Pelo sim pelo não, na Câmara,
esse assunto todos (funcionários e vereadores) evitam tratá-lo abertamente.
Fica só nos cochichos. Por quê? Ninguém diz.
BAIXARIA
O ministro Eduardo Braga (Minas e Energia) se desentendeu
com o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), durante reunião de comissões no
Congresso Nacional. Caiado chamou o ministro de “bandido” que retrucou “bandido
e safado é Vossa Excelência e me respeite, olhe o decoro parlamentar”. Os
demais senadores presentes à reunião e a polícia do Senado conseguiram afastar
o senador. Quanto ao xingamento de safado e bandido dito e devolvido, fica-se a
pensar. Será que os dois estão com a razão?...
POSIÇÃO DE RANDOUFF
O senador Randouf Rodrigues (Rede - AP), em uma das sessões
do Senado, na semana passada, ocupou a tribuna para, num discurso contundente,
dizer que o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) não tem mais condições morais para
presidir a Câmara Federal, apoiando o seu imediato afastamento do cargo. Quanto
ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que, também, responde a
processos no STF e que estaria envolvido como beneficiário de propinas da
Petrobrás, o senador amapaense não diz nada. PSOL e PCdoB, na Câmara Federal,
igualmente querem a cassação de Cunha e só.
Para fazer justiça os partidos, cujos representantes se
arvoram ficha limpa, sem nódoas, deveriam se unir e mostrar coerência: Defender
a cassação de Eduardo Cunha, de Renan Calheiros e de Dilma Rousseff. Acusar uns
e se omitir com relação a outros culpados pela desgraça do país, soam
oportunismo e incoerência. Se é para limpar, que a faxina seja completa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Este blog só aceita comentários ou críticas que não ofendam a dignidade das pessoas.