Orson Peter Carrara
O momento decisivo da evolução humana pede persistência,
coragem, mas também calma.
Se pensarmos no alcance no final da conhecida expressão
de Jesus: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei, podemos ampliar seu
entendimento e entender seu divino convite.
Afinal o "como eu vos amei", como devemos
entender?
Como é que Ele nos amou?
Em boa síntese didática-educativa, podemos entender que:
a) Ele sempre respeitou nossa posição evolutiva. Tanto
que sempre valorizava quem dele sem aproximava. Às diferentes personalidades
que o procuraram, da mulher adúltera ao doutor da lei, respeitou-lhes o estágio
moral.
b) Nada pediu em troca pelos inúmeros benefícios que
trouxe à humanidade. Isso é uma demonstração de amor. Ama e porque ama ampara,
consola, conforta, orienta; Nada exigiu, aguarda nosso despertar.
c) Importou-se conosco. Esse importar-se conosco foi
demonstrado na prática pelas expressivas manifestações de entendimento de nossa
precária condição evolutiva, estendendo-nos seu divino amparo e orientação.
Daí a recomendação fraterna: "Amai-vos uns aos
outros". Mas apresentou também a proposta de como fazê-lo, acrescentando o
"como eu vos amei". Até porque - e hoje entendemos com mais exatidão
- ele é o Modelo e Guia, referência mais alta que possuímos no planeta para
seguir e nos esforçarmos como exemplo para incorporarmos ao comportamento.
Essa adoção de postura no comportamento é capaz de vencer
obstáculos, extinguir contendas e dispensar mágoas, ressentimentos ou
sentimento de vingança ou mesmo temores infundados, uma vez que estamos todos
protegidos por sua grandeza e bondade.
É a calma, a resignação ativa, que trabalha, compreende e
encontra outros caminhos que sejam de paz para superação dos imensos desafios
da atualidade.
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