Crônica do amanhecer
Hélcio Silva
(31/10/2016)
A incompetência brilha, o caos se estabelece, o poder se
fortalece na lama dos podres, os maus se enaltecem, mandam, comandam,
arrogam-se como soberanos poderosos que escravizam os mais fracos... Dominam!
Dominam! Dominam!...
Não durmo, não consigo dormir. É noite!
Não vejo as estrelas, apesar da noite. Elas estão
envergonhadas...
A lua recolheu-se antes da noite! O sol foi embora
tristonho, na tarde final da tardinha, enrolando-se envergonhado em nuvens que
choravam!..., já sabendo o que já vinha. O sol sabe antes da gente!
Foi-se a tarde! E o sol sumiu!
Não choro em meu quarto da noite: revolto-me apenas!
Sonho!... Não sonho, porque não durmo!... Não durmo,
porque não posso. Como o sol, sinto vergonha dos podres poderes que vejo
poder!... Poder de homens maus!
A tristeza é o meu lençol que cobre e recobre meu rosto nesta
noite sem esperança!
Um moço solitário lutou sem espada contra um exército
armado de poderosas armas venenosas dos podres poderes..., poderes de homens
maus comandados por almas ambiciosas que um dia cairão apodrecidas e enroladas
em miasmas infecciosos pedindo socorro espiritual e serão, então, julgadas
pelos atos praticados contra seu povo... Ninguém se livra do julgamento, da
análise do bem ou do mal que praticou.
“Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou
oculto que não venha a ser conhecido” - Lucas 12:2 -
Mas eu fico ainda a pensar:
Poderes podres mancharam a nuvem da esperança, sangraram
a fé de um povo, amedrontaram alguns soldados do bem, cegaram muitos olhos bons que
deixaram de ver a marcha dos maus... E os maus marcharam livremente para
continuar...
E vão continuar por mais quatro anos!
Valeram, no entanto, a resistência dos bons e a coragem
do moço solitário.
E eu vou continuar! Sim... Por que parar?
Sou tenente, sou capitão / Sou navegante dos mares / Sou
guerreiro, sou peão / Sou brigadeiro das nuvens, nos ares /
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