O susto vem assustador!... Brasília para, à espera da lista... Dizem que 80 poderosos nomes lideram a tal lista. Há afirmações aumentando para 200 nomes de grandes caciques. Ouvi hoje na Rádio Jovem Pan que são 400 políticos de toda esfera da politicagem... Vergonha!
O ESTADÃO amanheceu com uma
ampla reportagem sobre o assunto... Veja:
'Lista de Janot' muda ritmo
em Brasília
Mesmo diante da expectativa
de o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviar nesta segunda-feira,
13, ao Supremo Tribunal Federal (STF) a lista com 80 pedidos de investigação
contra ministros e parlamentares com base nas delações da Odebrecht, o
presidente Michel Temer vai tentar manter o clima de normalidade e focar em
agendas positivas para desviar a atenção do assunto. No Congresso, porém, a
avaliação é de que as revelações deverão afetar a agenda de votação tanto na
Câmara como no Senado.
Para parlamentares, o ritmo
das votações vai depender do impacto da nova lista no mundo político. No
Senado, os pedidos de abertura de inquérito podem atingir nomes importantes do
PMDB e do PSDB e inviabilizar a votação da segunda Ea lista tapa da repatriação
de recursos de brasileiros depositados ilegalmente no exterior, considerada
prioritária para os Estados em crise.
Também citado por executivos
da Odebrecht, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), convocou uma
reunião de líderes para esta terça-feira, 14, para definir o comando das
comissões permanentes da Casa, mas abandonou a ideia de colocar em votação
nesta semana o projeto sobre terceirização, considerado polêmico pela oposição.
“O Congresso vai precisar
mostrar maturidade para separar as agendas econômica e política”, disse o líder
do DEM na Câmara, deputado Efraim Filho (PB). Há, no entanto, quem defenda que
deixar o plenário esvaziado, sem votações, é pior, porque torna a Lava Jato a
única pauta da semana.
No Planalto, para mostrar
que o governo não está paralisado diante da nova lista de Janot, Temer convocou
uma reunião para esta segunda-feira, às 9h30, para discutir segurança pública e
combate ao crime organizado. A agenda presidencial prevê ainda uma viagem no
fim da semana para inaugurar uma obra contra enchentes na região do Vale
Itajaí, em Santa Catarina.
Além de deputados e
senadores, pelo menos dois ministros da cúpula do Palácio do Planalto devem
estar na nova lista de Janot: o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que
volta ao trabalho hoje após um período de licença médica, e o ministro da
Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco. Interlocutores do presidente
dizem, porém, ter convicção de que Temer, pessoalmente, não será atingido pelas
delações.
O discurso oficial de
auxiliares do presidente é que, para o governo, o ideal seria que o conteúdo
das delações fossem divulgadas de uma vez, para que o Planalto não fosse
atingido, a cada semana, com novos fatos.
Os pedidos encaminhados por
Janot serão analisados pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no
Supremo. Apenas se Fachin autorizar a derrubada do sigilo das delações é que o
conteúdo se tornará público.
Supremo
Entre os ministros do
Supremo, o discurso é que a chegada da “megadelação” não vai alterar a rotina
da Corte. O número especulado de políticos citados, de cerca de 200, não
impressiona o ministro Celso de Mello. “Todos os julgamentos que chegam ao
Supremo são importantes e relevantes”, disse. Segundo o ministro Gilmar Mendes,
os novos pedidos de abertura de inquéritos não vão paralisar os trabalhos do
Supremo. Perguntados sobre se são a favor ou contra o fim do sigilo das
delações, os ministros não opinaram. “Isso está confiado ao relator”, afirmou
Mendes.
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