O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal
(STF), atacou duramente, em entrevista ao SBT, o Ministério Público Federal,
disse que o órgão tem “pensamento totalitário” e busca a “criminalização da
política” e levantou a hipótese de a denúncia contra o presidente Michel Temer
(PMDB) ser anulada pelo fato de os procuradores terem obtido provas de forma
ilegal.
Para ele, a colocação de uma fita sem perícia – a da
gravação da conversa com o empresário Joesley Batista, dono da JBS, com Temer
no Palácio do Jaburu – no inquérito contra o presidente foi um constrangimento
para o ministro Edson Fachin, relator da investigação, e para o
procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
“Foi altamente constrangedor para o procurador-geral e
para o próprio ministro [a inclusão da gravação não periciada], numa operação
que envolve o presidente da República”, disse. “Não foi uma fita que foi levada
para o Ministério Público. A fita foi preparada antes em combinação com o
Ministério Público. Se isso for provado, se houve uma ação controlada sem
autorização judicial, o relator ficou exposto”, disse. Questionado pelo
jornalista Kennedy Alencar se isso poderia levar à anulação da denúncia, disse
“com certeza” e que “isso mostraria um quadro de sanha e de abuso” do MPF.
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