Em carta aberta, o Sindicato diz que “Infelizmente a atual gestão não tem até o momento priorizado e gerido com atenção e responsabilidade necessárias o sistema de ensino em Coroatá”.
Carta aberta à sociedade coroataense
O SINPROESEMMA, Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica das
Redes Públicas Estadual e Municipais do Estado do Maranhão, atua em Coroatá
desde 2013, quando na época, se dedicou a buscar a garantia de direitos
básicos, como a redução de carga horária de trabalho, cumprimento da lei do
piso salarial 11.738/08 e a implantação do PCCS dos professores efetivos e que,
consequentemente, irá beneficiar os professores Substitutos (contratados). Em
razão disso, membros do sindicato sofreram inúmeras perseguições e retaliações
– remoções para áreas rurais longínquas, e até exoneração por parte da gestão
de Teresa Murad, que se mostrava sempre autocrática e resistente a qualquer
diálogo com a classe de professores.
Em 2016, com o apoio supremo da sociedade, de membros do citado
sindicato e da maioria dos professores do município que discordavam e combatiam
o modelo autoritário de fazer gestão, desencadeado pelo grupo Murad, Luís
Mendes Ferreira Filho, o Luís Filho, elegeu-se prefeito de Coroatá.
Logicamente, quando a sociedade decide alternar o postulante do poder
executivo, ela espera que o eleito implemente práticas diferentes, estabeleça
projetos que desenvolvam o município e melhore os serviços básicos dos quais a
população tem direito.
Infelizmente, a gestão Luís Filho não tem até o momento priorizado
e gerido com atenção e responsabilidade necessárias o sistema de ensino, tendo
a proeza, inclusive, de precarizar o que já não era de qualidade. Tal
inferência fica nítida quando se observa, com tristeza e decepção, o descuido
com a manutenção das instituições de ensino, que ainda não foram reformadas ou
sequer pintadas (os últimos reparos foram feitos durante a gestão de Teresa
Murad), lâmpadas e ventiladores queimados e que não são substituídos por novos;
escassez de recursos e materiais pedagógicos que melhorem a prática docente
(pincéis, abastecedores, apagadores, máquinas de xérox, etc.), alunos sem
fardamento e quites de materiais.
Soma-se a tudo isso o fato de a gestão não ter proposto ainda
nenhuma adequação positiva ao PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salários) que
possa ir de encontro à melhor valorização dos profissionais de educação (ainda
hoje, um professor que se desloca para a zona rural, permanece ganhando 11
centavos por quilômetro percorrido, por exemplo), não pagamento de abono
salarial e das constantes denúncias de que o poder público tem pagado com
recursos oriundos do FUNDEB os ditos “funcionários fantasmas”, o que, se
verídico, desmonta a falácia de que o sistema de ensino vive uma crise
financeira. Nesse sentido, é importante aclarar que a única ação positiva da
gestão é o devido cumprimento da lei do piso salarial, que reajusta o salário
dos professores todo ano, com porcentuais estabelecidos pelo governo federal.
Por fim, o SINPROESEMMA aguarda o posicionamento do município e
que, além disso, possa resolver ou minimizar as mazelas e descasos elencados,
pois caso o contrário, este sindicato não irá se curvar ou se calar diante de
tamanhos desmandos que comprometem a qualidade da educação dos coroataenses.
Coordenação do núcleo local do SINPROESEMMA. “Sempre trabalhando
por melhorias no magistério.”
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