No começo eram rosas, amor e luta pelo bem do Brasil. A Joice foi escolhida líder do Governo Bolsonaro, no Congresso Nacional... Bolsonaro era o mito, para Joice; um gênio de grande saber, de grandes virtudes...
De repente, tudo virou ódio...
O que aconteceu?
Hoje, o site do PT abre as portas para Joice.
Foi de lá que fui buscar o texto abaixo, que tem origem na
Rede Brasil...
Vejam:
Joice Hasselmann expõe esquema bolsonarista em CPMI das
Fake News
Revelações da deputada federal do PSL, com extensa
apresentação de documentos, mostram como funciona a rede de difamação de ódio e
mentiras dos bolsonaristas
A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) presta
depoimento na CPI das Fake News da Câmara dos Deputados, em Brasília. Antes
aliada importante do núcleo de apoio do presidente, Jair Bolsonaro (sem
partido), ela agora é enfrentada como inimiga por “milícias digitais” ligadas
ao clã do presidente. Joice apresentou uma série de documentos importantes que
atestam diversas ilegalidades cometidas por bolsonaristas relacionadas à
disseminação de notícias falsas e destruição de reputações em redes sociais.
Existe um padrão nas operações de distribuição de mentiras
nas redes sociais, revelou a parlamentar. O esquema envolve um grande número de
assessores de parlamentares de extrema-direita. Estes, recebem altos salários e
têm como função a construção de narrativas mentirosas para beneficiar a
ideologia em torno de Bolsonaro. Graves difamações e até ameaças de morte foram
apresentadas por Joice, todas com origem especificada.
Joice argumentou que todos os documentos que revelam essa
grande rede passaram por perícia e já são objeto de investigação. “Gente já
jogou computador fora, até quebrou o disco do computador com furadeira”, disse,
em alusão à suspeita de que o vereador carioca e filho do presidente, Carlos
Bolsonaro, teria destruído computador.
O mecanismo
Uma das principais origens das mentiras, especialmente nos
últimos meses, é o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). “As instruções
passam muito por Eduardo e assessores ligados a ele. Eles ativam a militância
e, depois, publicadores que têm muitos perfis falsos para dificultar a
responsabilização das fake news. Para que não haja imputação de crime ou
acionamento da Justiça, muitos perfis são falsos”, explicou.
Depois disso, vem o uso dos famigerados robôs. “Depois
disso, as fake news são disseminadas em larga escala por robôs. Isso é
informação técnica, a polícia já está envolvida. Tem gente que já jogou
computador fora. Quem destruiu provas de ataques não levou em consideração que
os dados estão protegidos na nuvem”, disse Joice.
Gabinete do ódio
Toda essa rede envolve cerca de oito milhões de pessoas em
grupos de WhattsApp, Facebook e outras redes sociais. Apesar do grande número
de pessoas envolvidas, os robôs se fazem necessários para a disseminação em
massa até o destino final.
Agora, dentro destes oito milhões, existe uma escala
hierárquica bem definida. Muitos dos que tomam as decisões são pagos com
dinheiro público. Especialmente assessores, que formam o já conhecido “gabinete
do ódio”.
“Eles têm uma tabela para que cada dia, um assessor produza
um conteúdo para destruir uma reputação. Cada um um dia para fazer os ataques
coordenados (…) Eles fazem listas de orientações para difamar. Entre políticos,
jornalistas, enfim. Em um grupo central do WhattsApp eles coordenam e passam
para os outros grupos multiplicadores”, disse Joice.
Farra com dinheiro público
Um dos grupos mais ativos e violentos é coordenado pelo
gabinete do deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP). O parlamentar possui sob
seu domínio uma série de militantes que coordenam as ações das fake news. Todos
eles muito bem remunerados com dinheiro público.
Douglas Garcia faz parte de um grupo chamado Movimento
Conservador, idealizado por Eduardo Bolsonaro, que tem como objetivo a
disseminação do ódio e a manutenção das ideologias de extrema-direita. Todos
eles também do grupo radical ultraconservador chamado Direita São Paulo.
“Edson Salomão, ganha 24 mil pra fazer meme e atacar
pessoas do gabinete do Douglas Garcia. Mais de um milhão de reais em dinheiro
público por ano em assessores de gabinetes. Jorge Saldanha, 18 mil reais de
salário. Todos eles do Direita São Paulo. Alexandre da Silva, 9 mil reais. André Petros, quase 10 mil reais também.
Todos eles Direita São Paulo e Movimento Conservador. Carlos Olímpio, Dylan
Dantas, esses 7 mil reais de dinheiro público para atacar. Jhonatan Valencio,
Lilian Goulart, Lucas Reis, quase 12 mil reais. O gabinete inteiro do Douglas
Garcia. Maicon Tropiano, Matheus Galdino.” Estes são alguns nomes dos
militantes centrais de tal teia de mentiras.
Laranjal
Em seus documentos, a partir das datas das postagens e
atribuições, com muitos prints de telas de WhatsApp do núcleo bolsonarista,
Joice revelou que o método consiste em iniciar uma mentira ou difamação de
forma mais leve e, então, aprofundar, radicalizar as mentiras e ataques, a
partir de sites e blogs de fachada criados pelos próprios assessores.
Um dos articuladores, Eduardo Guimarães (Dudu Guimarães),
que é secretário parlamentar de Eduardo Bolsonaro, inicia uma narrativa, por
exemplo. “O grupo Bolsofeios é do Dudu, esse é um dos grupos de organização do
gabinete do ódio.
Então, começam a aprofundar a narrativa. Uma das fake news
contra mim começou em um site Click Cozinha, dizendo que eu teria usado verba
pública para difamar filhos do Bolsonaro. Eles usam esses sites laranjas.”
De mentiras a ameaças
Joice disse que se incomodou severamente com o esquema
quando uma montagem sua em um corpo de porca e roupas de prostituta chegou no
celular de seu filho de 11 anos. Ela chegou a rastrear a origem de tal montagem
e chegou no esquema de Douglas Garcia. Mesmo grave a difamação, o cenário ainda
pode piorar.
As influências das fake news criadas pelos grupos
bolsonaristas ultrapassam os ataques pessoais, chegam na esfera da influência
direta em articulações políticas e acabam atingindo a pura ameaça à vida. Em um
vídeo do pessoal ligado ao Direita São Paulo e ao Movimento Conservador,
assessores parlamentares armados com submetralhadoras e outras armas de grosso
calibre ameaçam o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes de
morte.
Em outro caso, sugerem articulações para proteger a família
Bolsonaro de investigações criminais. “Tem um grupo chamado Ódio do Bem. Em
mensagens desse grupo que estão já na perícia, afirmam que ‘é importante que
travem a Lava Jato. Deltan deve cair. Augusto Aras deve assumir a PGR. Mendonça
assumira o STF. Tem como blindar o Flávio’, afirma a administração desse
grupo.”
Por Rede Brasil Atual
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