Texto do Diário Espírita
2 de julho de 2025
Em algum lugar dentro de você, há uma porta fechada. Uma porta que, talvez sem perceber, você trancou há muito tempo. Ela guarda dores silenciosas, memórias inacabadas, palavras que nunca foram ditas.
Por trás dela, está seu pai.
Pode ser que ele tenha sido ausente, distante ou duro demais. Pode ser que você tenha esperado dele um abraço que nunca veio, um reconhecimento que sempre pareceu impossível. Talvez ele tenha sido alguém que te feriu sem medir as consequências. Ou talvez ele simplesmente tenha feito o melhor que podia – e, ainda assim, o melhor dele não foi suficiente.
Mas agora, pare por um momento e pergunte a si mesmo: até quando você quer carregar esse peso?
O perdão não é sobre ele. É sobre você. Sobre sua liberdade, sua leveza, seu recomeço. Enquanto essa mágoa estiver dentro de você, ela continuará moldando seus passos, definindo suas escolhas, impedindo que sua alma respire em paz.
Perdoar não significa esquecer, nem concordar. Significa aceitar que o passado não pode ser mudado, mas que o futuro ainda pode ser transformado. Significa abrir aquela porta e permitir que a luz entre.
Talvez você nunca tenha ouvido as palavras que esperava dele. Talvez nunca escute um pedido de desculpas. Mas, ainda assim, você pode escolher a cura.
Perdoe para se libertar.
Não porque ele merece, mas porque você merece.
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