segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Uma burrice, se for verdade


 
Não vou deixar a água secar... / Enquanto houver correnteza, eu vou navegar... / Navegar é preciso.../
Li, há dias, em algumas matérias postadas em blogs da minha terra, que o prefeito Edivaldo Junior, que hoje será empossado, teria dito (e ele não desmentiu) que agradecia a intervenção (parceria) do secretario de saúde do Estado do Maranhão nas gestões da saúde pública do municipio, mas que sua administração não precisa. Então a parceria vai acabar!... Será uma burrice e um golpe contra o povo... O prefeito pode não precisar e não precisa mesmo (é um jovem rico), porém, o povo precisa. Entendo que o bem-estar público, do povo, está acima dos litígios e desavenças políticas, temperados muitas vezes de hipocrisia. Vou republicar duas matérias sobre o assunto, que peço atenção e leitura especial das pessoas, quaisquer que sejam as tendências políticas. A primeira, acompanhada de foto, refere-se a um texto que publiquei no meu facebook há dois dias, e a segunda é um editorial do jornal Pequeno, publicado domingo, cujo texto foi copiado do blog do jornalista Cunha Santos:


SAIU NO MEU FACE

 

As coisas boas podem ser feitas: só os inconpetentes não fazem. Helena, Edmundo e Gutemberg - todos médicos - foram, por longo tempo, os últimos secretários de saúde da cidade de São Luís. Todos sabem, a saúde virou um caos e os dois Socorrões - hospitais de urgência e emergência - um caos ao quadrado... Não havia - nessas unidade de saúde - nem alimentação para os doentes. Em determinado momento, não sei se foi milagre de Deus, resolveram permitir que Ricardo Murad - secretário de saúde do Estado - assumisse a responsabilidade de salvar os doentes... Ricardo chegou e, ao seu estilo, levou áqueles doentes a esperança. Salvou vidas, aliviou sofrimentos e restabeleceu alegria a quem estava à porta da morte... Visitou doentes, abraçou, apertou as mãos de muitos enfermos graves... Ele não é médico, mas fez o que os secretários médicos, acima citados, nunca fizeram...
Sou político, adversário político do grupo de Ricardo, mas não há como esquecer as boas atitudes públicas, em defesa do povo... Os doentes voltaram a sorrir... Embaixo, foto do Rcardo em conversa com um dos doentes...






A PARCERIA

Editorial JP, 30 de dezembro
 
Será um contra-senso e um golpe fulminante contra a população se a parceria entre o governo do Estado e Prefeitura não for mantida depois que Edivaldo Holanda Júnior assumir o cargo de prefeito. Bem poucas coisas deram tão certo e em tão pouco tempo no meio desse aririzal político do Maranhão. O povo espera, sinceramente, que diferenças político-partidárias e interesses pequenos e dogmáticos não interfiram nesta ação pela saúde pública que hoje une o Estado e a Prefeitura de São Luís.
Já dissemos que a saúde pública é o maior desafio desse país. Um problema que não foi solucionado no governo Fernando Henrique Cardoso, persistiu e se agravou no governo Lula e se mantêm, apesar de todos os esforços, no governo Dilma. No Maranhão, sem sombras de dúvidas que o secretário Ricardo Murad conseguiu mudar essa realidade, com a inauguração de hospitais no interior do Estado, reformas e construção de Unidades de Pronto Atendimento em algumas cidades e na capital. Entretanto, São Luís era e ainda é o grande desafio da saúde pública no Maranhão. A concorrência de ambulâncias chegando do interior, uma população de mais de 1 milhão de habitantes, a falta de recursos, a superlotação de todas as emergências e centrais de consulta, dentre outros fatores, fazem parte de um histórico terrível de dor e desespero que jamais foi resolvido na capital. A parceria entre o Governo do Estado e a Prefeitura Municipal de São Luís, certamente em virtude de questões políticas supérfluas, infelizmente só aconteceu no final do mandato do prefeito João Castelo e vai durar apenas uma semana.
Mas se o secretário de Saúde do Estado acena com a possibilidade de manter essa parceria e se isso significa o fim dos socorrões superlotados, de doentes gritando nos corredores dos hospitais à espera de atendimento médico, de consultas marcadas para o ano seguinte, da procissão de ambulâncias apitando em todas as direções; se significa pacientes bem tratados e bem alimentados, esqueçam que existem partidos, grupos políticos, eleições e mantenham-se unidos nesse propósito. Caso contrário, não poderão ser chamados de homens públicos.
O que houve aqui foi vontade política. Digam dele o que disserem, que é um “trator”, que é egocêntrico e concentrador, mas Ricardo Murad não costuma ser um político de gabinete. Vira e mexe está visitando obras e hospitais, querendo entender aquelas máquinas e equipamentos de última geração, conversando com os médicos, indagando sobre o funcionamento das UTIs, cuidando, pessoalmente, da função que lhe compete. E fez isto também esta semana nos hospitais municipais. Mas não são as figuras do secretário da Saúde, do prefeito que sai e do prefeito que entra o que importam neste momento. Há um povo lá fora que precisa ter um problema secular resolvido e que já sabe que é possível resolver; há ambulâncias gritando nas estradas e pessoas gritando dentro dessas ambulâncias; há filas de pessoas de ossos quebrados esperando atendimento; há mulheres grávidas à espera de um parto assistido e há crianças que não podem mais esperar. Esta, senhores, não é uma questão política, é uma questão de humanidade. Façam o que o povo espera. Não falhem com a saúde mais uma vez.
 

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